segunda-feira, 26 de maio de 2014

Dilma no 17º Congresso da União da Juventude Socialista (UJS)


O ato político “Amar e Mudar as Coisas para o Brasil Avançar”, realizado nesse sábado (24), no Ginásio do Cruzeiro, em Brasília, durante o 17º Congresso da entidade, confirmou que a UJS apoiará a atual presidenta da República, Dilma Rousseff, para a eleição presidencial de 2014. Durante o evento, Dilma anunciou que encaminhou ao Congresso Nacional uma proposta de participação popular no processo de reforma política.

Momento em que a militância da UJS monta uma bandeira gigante com o rosto da presidenta Dilma Rousseff
“Encaminhei ao Congresso uma proposta de participação popular para que todos possam participar do processo de reforma política. Estou convencida de que sem a força da participação popular não teremos a reforma política que o Brasil exige e necessita”, disse a presidenta em discurso no 17º Congresso da União da Juventude Socialista (UJS).

O ato foi apresentado pelo rapper Renegado e pela atriz Ana Petta e contou com a participação da presidenta da República; da deputada federal do Partido Comunista do Chile, Camila Vallejo; do presidente do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Renato Rabelo; do ministro da Educação, Henrique Paim; do secretário de Juventude do PT, Jeferson Lima; da secretária de Políticas Pùblicas de Juventude do PT, Severine Macedo; dos deputados federais pelo PCdoB Gustavo Petta e Alice Portugal; da presidenta da UNE, Virginia Barros; da presidenta da Ubes, Barbara Melo; da presidenta da ANPG, Tamara Naiz; e do presidente da UJS, André Tokarski.

A presidenta ressaltou a importância da educação no processo de desenvolvimento do país e fez questão de mencionar vários programas do governo na área, como o Programa Universidade para Todos (ProUni), o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), além de citar os números do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), divulgados na manhã deste sábado (24), quando foram registrados 9,5 milhões de inscritos.

A UJS apoia o governo Lula desde 2002 e, sequencialmente, o governo da presidenta Dilma Rousseff por representar a libertação de um ciclo histórico de desigualdade e injustiça. Ao longo desse último Congresso, que começou na quinta-feira (22), a UJS debateu com claridade os 30 anos da organização juvenil olhando para a história recente do Brasil. O que se observou foi que nos últimos 12 anos houve grandes avanços, especialmente para a juventude, com as políticas de Educação, a chegada de milhões de brasileiros à universidade com o Prouni, o Reuniu, a reserva de vagas, a ampliação dos IFETS, o Pronatec e a aprovação dos royalties do petróleo para o ensino público. Também houve grande avanço com a aprovação do Estatuto da Juventude, com as políticas de cultura, de esporte e de direitos humanos.

“Quanto mais nos aproximamos da campanha eleitoral, mas vai ser charmoso falar do papel da juventude do Brasil. Mesmo os que nada, ou quase nada, fizeram pelos jovens do nosso país, mesmo aqueles que já nasceram velhos vão se dizer empenhados de corpo e alma na luta dos jovens por um espaço no presente e um lugar no futuro. Mas é sempre bom perguntar onde esses se encontravam todos esses anos, quando nós começamos a mudar o Brasil, trabalhando ao lado daqueles que vinham sendo abandonados há tanto tempo?”, questionou Dilma Rousseff.

Sempre que houver uma bandeira da UJS, ali estará um jovem dedicado à luta pelo Brasil

“A UJS estará ao seu lado nos 27 estados do país. Aqui temos uma militância guerreira, incansável, que defenderá o nosso projeto nas ruas. Sempre que houver uma bandeira da UJS, ali estará um jovem abnegado, dedicado à luta por esse Brasil que estamos construindo juntos. Por isso, para enfrentar os poderosos, os interesses das elites financeiras, o oligopólio da mídia, as forças que impedem o avanço do Brasil, eu quero dizer: Conte conosco, presidenta! A nossa juventude está presente! A nossa juventude não falha!”

Foi com esse discurso que o presidente da UJS, André Tokarski, lançou o apoio à presidenta para as eleições desse ano. André lembrou que cerca de 500 mil jovens de todas as regiões participaram da construção do 17º Congresso em passeatas, debates, festivais e em diversas atividades. Durante esse processo, a entidade atingiu a marca de 200 mil filiados, consagrando-se como a maior organização política juvenil do país.

“Nós enxergamos em você, presidenta, uma pessoa que também dedicou a sua juventude à militância, uma pessoa que sonhou os nossos mesmos sonhos. Portanto, além de ser motivo de grande honra, para nós da UJS, receber a presidenta da República em nosso Congresso, estamos recebendo também a estudante do Colégio Estadual Central, de Belo Horizonte, a aguerrida militante do movimento secundarista, que atuou na base da UBES, a jovem de luta que enfrentou a ditadura militar, que foi presa, torturada, mas que não se entregou em momento algum. Uma jovem que foi responsável, com muitos outros, pela democracia que temos hoje no nosso Brasil”, reforçou André. 

Dois projetos. Dois lados

Esse será um ano de enfrentamento político porque serão colocados novamente dois projetos para o Brasil. Um projeto quer seguir avançando e leva em conta o que aconteceu nesses últimos 12 anos. O outro projeto quer voltar aos anos 1990. Renato Rabelo, presidente do PCdoB, explicou que esse a oposição quer novamente tentar a implantação de um Neoliberalismo tardio, sem levar em conta o crescimento do país nos últimos 12 anos, a distribuição de renda e os avanços sociais.

“Estamos em uma encruzilhada e temos que seguir adiante, nunca retroceder. Sabemos o papel importante que a UJS tem em nosso país e o qual é importante esse apoio para os avanços do país. Temos a convicção que vamos marchar para a quarta vitória do povo com a reeleição da Dilma Rousseff”, concluiu Rabelo.

Com 30 anos de luta, a UJS já tem maturidade suficiente para reconhecer qual é o projeto que não condiz com o que a juventude almeja. A UJS sabe muito bem o que o Neoliberalismo representou para a juventude, com o sucateamento da educação, o desemprego dos jovens e a falta de perspectivas.

“Para trás nós não vamos nem para ganhar impulso”


Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil
Antes de começar sua fala, a presidenta da República foi homenageada com um bandeirão que percorreu todo o Ginásio do Cruzeiro. Idealizado pela militância, a enorme bandeira apresentava o semblante de Dilma quando era militante em resistência à ditadura militar, sempre a frente de seu tempo. 

Em seu discurso, Dilma lembrou as conquistas da juventude em seu governo e apontou a UJS como o principal combustível para todos esses acontecimentos. Citou o Estatuto da Juventude, o Marco Civil da Internet e a recente batalha por uma reforma política que faça dos jovens protagonistas de seus sonhos e ambições.

“De fato, eu me vejo aqui. Eu me vejo aqui olhando para a minha memória e para meu passado. Mas, é importante dizer que, como vocês, nós tínhamos rumo. Sabíamos o que queríamos e que país queríamos construir. Hoje, nós aqui todos temos o nosso lado, o lado do povo brasileiro, das transformações do nosso pais, do nosso Brasil. É por isso que quando eu olho novamente para vocês, vendo uma gente tão comprometida e tão cheia de vida, eu não estou mais olhando para o meu passado, mas eu enxergo o futuro do meu país. Vocês são essenciais para essa construção”, afirmou.

Dilma reafirmou ainda que seguirá trabalhando para o Brasil avançar. “Nós juntos fizemos muito e agora vamos fazer muito mais. Esse é o único rumo possível para o Brasil avançar e nós seguiremos em frente porque para trás nós não vamos nem para ganhar impulso”.

Copa do Mundo

A presidente também falou sobre a Copa do Mundo, que tem início no dia 12 de junho, e reafirmou que o Brasil fará a Copa das Copas. "Tenho certeza que o país fará a Copa das Copas. Tenho certeza da nossa capacidade e do que fizemos. Não temos do que nos envergonhar e não temos complexo de vira-lata. Sei que vocês estão engajados na defesa da nossa Copa. Vamos mostrar a melhor Copa de todos os tempos".

Fonte: Vermelho

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Nenhum inocente, um culpado!

Após ler barbaridades sobre o fatídico caso do jovem que morreu após o jogo do Santa Cruz contra o Paraná/PR, na última sexta-feira (02/05), decidi me pronunciar. Não sou daqueles que acha o MAIOR absurdo do mundo, como se fatos e mortes em ocasiões como essa, fossem alguma novidade, especialmente aqui em Pernambuco. O sensacionalismo sensacionalista da mídia nativa e as punições severas da CBF, só acontecem por motivo da realização da Copa do Mundo no brasil. Pura eventualidade.

Muitos buscam apontar os culpados e os inocentes nesse incidente. Mas numa história como essa, que se repete há anos, quase décadas, não existem culpados, nem inocentes. Existe, na verdade um Culpado. somente um, o Estado brasileiro. Não quero saber se o jovem que morreu era torcedor de organizada. Se depredava ônibus e assaltava torcedores rivais. Não me importo se os jovens que cometeram esse brutal assassinato era diretores ou não de uma torcida organizada. Se faziam arrastões ou se brigavam nas ruas do Recife. Não quero saber, porque essa história é antiga e todos conhecem, mas sempre debatem, apenas, em momentos como esse de puro sensacionalismo midiático.

Digo que o responsável é o Estado brasileiro, porque há séculos, os jovens são excluídos de direitos básicos. A culpa é de quem não planejou uma Educação de Qualidade, acesso a cultura e a prática sadia de esportes, além de assegurar um lazer seguro. A violência no Brasil é uma cultura incrustada em nossa sociedade. Tudo é banalizado e servido pela mídia como cotidiano e natural. Esses jovens que se organizam em Torcidas Organizadas, além de serem excluídos pelo estado, são obrigados a conviver com a violência cotidianamente na periferia. Violência, inclusive, praticada pelo próprio estado. Aquele que financia uma polícia militarizada e despreparada. Que todos os dias cometem atrocidades, principalmente nas periferias e tendo os jovens como público alvo das suas investidas homicidas e desastrosas.

Meus pêsames aos familiares de Paulo Ricardo Gomes da Silva. E minha total solidariedade a Everton Felipe Santiago de Santana e toda sua família, que também são vítimas de um Estado que é ineficiente e opressor.

Mesmo assim, o futebol vencerá! 

quinta-feira, 27 de março de 2014

O golpe de 1964, 50 anos depois

Olinda sedia evento sobre a ditadura civil-militar nesta sexta (28), as 19h, na Casa da Praça (Buffet Andréa Guerra)


João Goulart estava em viagem oficial à China quando Jânio Quadros renunciou em 1961. O vice só retornou ao Brasil depois de aceitar governar em regime parlamentarista. Uma vez no poder, adotou discurso considerado de esquerda e implementou políticas trabalhistas. O golpe de 1964 não se originou apenas da mobilização das Forças Armadas. Parte da sociedade civil (setores da burguesia e o grande empresariado), que temia a aproximação de Jango com a esquerda, apoiava a ação militar e passou a conspirar para que o presidente fosse deposto. Desde o suicídio de Vargas, em 1954, o Brasil vivia na iminência de um golpe pela pressão da oposição e instabilidade nas Forças Armadas. Militares e políticos ameaçavam se rebelar. Era como se pudessem tomar o poder a qualquer hora.

Não foi apenas um golpe político. Foi também um golpe econômico, cultural e social. Implementou uma política dependente dos interesses norte americanos e jogou a maior parte da sua população a sua própria sorte. As atuais desigualdades sociais brasileiras advêm desse período de repressão, onde as demandas sociais fora ignoradas e duramente combatidas. Todos aqueles que lutavam em defesa do povo foram perseguidos, torturados e assassinados. Precisamos sempre lembrar! Para que não se esqueça, para que não mais aconteça!
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terça-feira, 25 de março de 2014

PCdoB 92 anos


Hoje comemoramos 92 anos do Partido mais combativo da história do Brasil. Nascido na Rio de Janeiro, em 1922, em meio a grandes jornadas do nosso povo por democracia efetiva, trabalho digno e melhoria na qualidade de vida nos centro urbanos, o PCdoB já nasceu com a cara e a identidade do povo brasileiro. 

Foi organizado sob a orientação marxista-leninista, de viés internacionalista, pela certeza de que a luta dos trabalhadores não se limita aos limites de cada nação. Durante toda sua história foi perseguido, teve seus quadros assassinados, seus registros e mandatos cassados, mas suas ideias permaneceram firmes, mesmo quando a capitulação aconteceu por entre seus próprios quadros. Em 62, se reorganizou e reafirmou sua identidade com a luta dos trabalhadores. Caiu na clandestinidade em 64 e ousou edificar a maior resistência guerrilheira do período. jovens militantes que se embrenharam no interior e construíram a guerrilha armada na região do Araguaia. Vitoriosa, mesmo tendo todos os seus quadros cruelmente torturados e impiedosamente assassinados. Está até hoje no imaginário da região e na história de lutas do nosso povo. 


O PCdoB foi ponta de lança no processo de redemocratização do nosso país, empunhando a bandeira da Anistia e das Direitas Já, sempre tendo como principal tática, a unidade das forças mais avançadas. Contribuiu na eleição do primeiro presidente operário de nossa história e hoje continua na luta por mudanças mais profundas e na persistência de construir uma sociedade mais avança, a sociedade socialista, com a cara, os costumes e a cultura do Brasil.

Parabéns militantes e simpatizantes desses que nunca baixaram e que nunca baixarão a cabeça. Comemoremos, lembrando daqueles que nos trouxeram até aqui, suas vidas nos orgulham e nos fazem lutar até o fim, também!


1, 2, 3...
4, cinco mil...
E Viva o Partido Comunista do Brasil!

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Igor Fuser: Mentiras e verdades sobre a situação na Venezuela

Nos últimos dias a Venezuela voltou às manchetes dos jornais do mundo devido a uma série de manifestações de rua. Abaixo, apresento uma série de mentiras alardeadas pela chamada “grande mídia” e as suas respectivas verdades.


Por Igor Fuser*, no Brasil de Fato

Mentira: Os opositores saíram às ruas porque estão descontentes com os rumos do país e querem melhorar a situação.

Verdade: O que está em curso na Venezuela é o chamado “golpe em câmera lenta”, que consiste em debilitar gradualmente o governo até gerar as condições para o assalto direto ao poder. O atual líder oposicionista, Leopoldo López, não esconde esse objetivo, ao pregar aos seus partidários que permaneçam nas ruas até o que ele chama de “A Saída”, ou seja, a derrubada do governo. O roteiro golpista, elaborado com a participação de agentes dos Estados Unidos, combina as manifestações pacíficas com atos violentos, como a destruição de patrimônio público, bloqueio de ruas e atentados à vida de militantes chavistas. A mídia venezuelana e internacional tem um papel de destaque nesse plano, ao difundir uma versão distorcida dos fatos. A aposta da direita é tornar o país ingovernável. Trata-se de criar uma situação de caos até o ponto em que se possa dizer que o país está “à beira da guerra civil” e pedir uma intervenção militar de estrangeiros. Outro tópico desse plano é a tentativa de atrair uma parcela das Forças Armadas para a via golpista. Mas isso, até agora, tem se mostrado difícil.

Mentira: A Venezuela é um regime autoritário, que impõe sua vontade sobre os cidadãos e reprime as manifestações opositoras.

Verdade: Existe ampla liberdade política no país, que é regido por uma Constituição democrática, elaborada por uma assembleia livremente eleita e aprovada em plebiscito. Nos 15 anos desde a chegada de Hugo Chávez à presidência, já se realizaram 19 consultas à população – entre eleições, referendos e plebiscitos – e o chavismo saiu vitorioso em 18 delas. Foram eleições limpas e transparentes, aprovadas por observadores estrangeiros das mais diferentes tendências políticas, inclusive de direita. O ex-presidente estadunidense Jimmy Carter, que monitorou uma dessas eleições, declarou que o sistema de votação venezuelano é “o melhor do mundo”. Esse mesmo sistema eleitoral viabilizou a conquista de inúmeros governos estaduais e prefeituras pela oposição. Há no país plena liberdade de expressão, sem qualquer tipo de censura.

Mentira: Quem está protestando contra o governo é porque “não aguenta mais” os problemas do país.

Verdade: A tentativa golpista, na qual se inserem as manifestações da direita, reflete o desespero da parcela mais extremista da oposição, que não se conforma com o resultado das eleições de 2013. Esse setor desistiu de esperar pelas próximas eleições presidenciais, em 2019, ou mesmo pelas próximas eleições legislativas, em 2016, ou ainda pela chance de convocar um referendo sobre o mandato do presidente Nicolás Maduro, no mesmo ano. Essas são as regras estabelecidas pela Constituição – qualquer coisa diferente disso é golpe de Estado. A direita esperava que, com a morte de Chávez, o processo de transformações sociais conhecido como Revolução Bolivariana, impulsionado pela sua liderança, entrasse em declínio. Apostava também na divisão das fileiras chavistas, abrindo caminho para seus inimigos. A vitória de Maduro – o candidato indicado por Chávez – nas eleições de abril de 2013, ainda que por margem pequena (1,7% de diferença), frustrou essa expectativa. Uma última cartada da oposição foi lançada nas eleições municipais de dezembro do ano passado. Seu líder, Henrique Capriles (duas vezes derrotado em eleições presidenciais), disse que elas significariam um “plebiscito” sobre a aprovação popular do governo federal. Mas os votos nos candidatos chavistas superaram os dos opositores em mais de 10%, e o governo ganhou em quase 75% dos municípios. Na época, a economia do país já apresentava os problemas que agora servem de pretexto para os protestos, e ainda assim a maioria dos venezuelanos manifestou sua confiança no governo de Maduro. Diante disso, um setor expressivo da oposição resolveu apelar para o caminho golpista.

Mentira: O governo está usando violência para reprimir os protestos.

Verdade: Nenhuma manifestação foi reprimida. O único confronto entre policiais e opositores ocorreu no dia 17 de fevereiro, quando, ao final de um protesto, grupos de choque da direita atacaram edifícios públicos no centro de Caracas, incendiando a sede da Procuradoria- Geral da República e ferindo dezenas de pessoas. Nestas últimas semanas, as ações violentas da oposição têm se multiplicado pelo país. A casa do governador (chavista) do Estado de Táchira foi invadida e depredada. Caminhões oficiais e postos de abastecimento têm sido destruídos. Recentemente, duas pessoas, que transitavam de motocicleta, morreram devido aos fios de arame farpado que opositores estendem a fim de bloquear as ruas.

Mentira: O governo controla a mídia.

Verdade: Cerca de 80% dos meios de comunicação pertencem a empresas privadas, quase todas de orientação opositora. Mas o governo recebe o apoio das emissoras estatais e também de centenas de rádios e TVs comunitárias, ligadas aos movimentos sociais e às organizações de esquerda. Isso garante a pluralidade política e ideológica na mídia venezuelana – algo que, infelizmente, não existe no Brasil, onde a direita controla quase totalmente os meios de comunicação.

Mentira: Os Estados Unidos acompanham a situação à distância, preocupados com os direitos humanos e os valores democráticos, para que não sejam violados.

Verdade: Desde a primeira posse de Chávez, em 1999, o governo estadunidense tem se esforçado para derrubar o governo venezuelano e devolver o poder aos políticos de direita. Está amplamente comprovado o envolvimento dos Estados Unidos no golpe de 2002, quando Chávez foi deposto por uma aliança entre empresários, setores militares e emissoras de televisão. Desde então, a oposição tem recebido dinheiro e orientação de Washington.

Mentira: Os problemas no abastecimento transformaram a vida cotidiana num inferno.

Verdade: Existe, de fato, a falta constante de certos bens de consumo, como roupas, produtos de higiene e limpeza e peças para automóveis, mas o acesso aos produtos essenciais (principalmente alimentos e medicamentos) está garantido para o conjunto da população. Isso ocorre graças à existência de uma rede de 23 mil pontos de venda estatais, espalhados por todo o país, sobretudo nos bairros pobres. Lá, os preços são pelo menos 50% menores do que os valores de mercado, devido aos subsídios oficiais. É importante ressaltar que o principal motivo da escassez não é nem a inexistência de dinheiro para realizar importações nem a incapacidade do governo na distribuição dos produtos. Grande parte das mercadorias em falta são contrabandeadas para a Colômbia por meio de uma rede clandestina à qual estão ligados empresários de oposição.

Mentira: A atual onda de protestos é protagonizada pela juventude, que está em rebelião contra o governo.

Verdade: Os jovens que participam dos protestos pertencem, na sua quase totalidade, a famílias das classes alta e média-alta, que constituem a quarta parte da população. Isso pode facilmente ser constatado pela imagem dos estudantes que aparecem na mídia. São, quase todos, brancos – grupo étnico que não ultrapassa 20% da população venezuelana, cuja marca é a mistura racial. E não é por acaso que os redutos dos jovens oposicionistas sejam as faculdades particulares e as universidades públicas de elite. Os jovens opositores são minoria. Do contrário, como se explica que o chavismo ganhe as eleições em um país onde 60% da população têm menos de 30 anos? Uma pesquisa recente, com base em 10 mil entrevistas com jovens entre 14 e 29 anos, revelou que 61% deles consideram o socialismo como a melhor forma de organização da sociedade, contra 13% que preferem o capitalismo.

Mentira: A economia venezuelana está em colapso.

Verdade: O país enfrenta problemas econômicos, alguns deles graves, como a inflação de mais de 56% nos últimos 12 meses. Mas não se trata de uma situação de falência, como ocorre na Europa. A Venezuela tem superávit comercial, ou seja, exporta mais do que importa, e possui reservas monetárias para bancar ao menos sete meses de compras no exterior. É um país sem dívidas. A principal dificuldade econômica é a falta de crédito, causada pelo boicote dos bancos internacionais.

Mentira: A insegurança pública está cada vez pior.

Verdade: A Venezuela enfrenta altos níveis de criminalidade, assim como outros países latino-americanos, inclusive o Brasil. Esse tema é uma das prioridades do governo Maduro, que chegou a mobilizar tropas do Exército no policiamento de certas áreas urbanas, com bons resultados. A melhoria da segurança pública foi justamente o tema do diálogo entre o governo e a oposição, iniciado no final do ano passado, por iniciativa do presidente. O próprio Chávez, em seu último mandato, criou a Polícia Nacional Bolivariana, a fim de compensar as deficiências do aparato de segurança tradicional, famoso pela corrupção. Outra estratégia é o diálogo com as “gangues” juvenis a fim de afastá-las do narcotráfico e atraí-las para atividades úteis, como o trabalho na comunidade e a produção cultural. A grande diferença entre a Venezuela e o Brasil, nesse ponto, é que lá o combate à criminalidade ocorre num marco de respeito aos direitos humanos. A política de segurança pública venezuelana descarta o extermínio de jovens nas regiões pobres, como ocorre no Brasil.

*Igor Fuser é jornalista e professor de jornalismo na Faculdade Cásper Líbero

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

UJS realiza curso e Plenária Estadual em Carpina

Entre os dias 6 e 8 de fevereiro, a União da Juventude Socialista (UJS), realizou um Curso Estadual de Formação Política e no dia 9 de fevereiro, uma Plenária Estadual. Tudo aconteceu na cidade de Carpina, localizada na Zona da Mata Norte. As atividades contaram com a presença de 100 militantes e dirigentes de todas as regiões de Pernambuco.

Presidenta da UJS Pernambuco na Plenária Estadual
O Curso Estadual teve inicio na noite do dia 6, com a presença do Secretário de Organização do PCdoB em Pernambuco, Ossi Ferreira, que abordou a Conjuntura Nacional / Estadual e os principais desafios do ano de 2014. Os dois dias seguintes, foram dedicados a aulas de Economia, Estado & Classe, Filosofia e Socialismo, além de debates conjunturais como a Copa e seu legado. A participação de professores da escola estadual do PCdoB foi fundamental para a realização do curso. Estiveram presentes Zelito Passavante e Helmilton Beserra, do módulo de Filosofia; Nilson Vellazquez e Clarence Santos, do módulo de Estado e Classe; Luiz Henrique (Galego) e Luiz Alves, do módulo de Economia; Inamara Melo e Matheus Lins, do módulo de Socialismo; Além de Danilo Moreira, debatendo sobre a Copa, tivemos também a participação de ex-dirigentes da UJS no estado para o ato de comemoração dos 30 anos entidade: Sidney Mamede, Thiago Mondenesi e Ossi Ferreira.

Intervenções durante a aula de Filosofia, com Zelito Passavante
O domingo, 9, foi reservado para a Plenária Estadual da UJS Pernambuco. Representando a Direção Nacional, este presente Flávio Panetone, Diretor de Organização Nacional da UJS, que contribuiu no debate acerca das perspectivas e desafios que os jovens socialistas enfrentarão na construção do 17º Congresso da entidade e ao longo do ano de 2014. Em seguida, a Presidenta Estadual da UJS, Thiara Milhomem, tratou sobre a construção do Congresso da UJS em Pernambuco e dos desafios da organização no estado. Convocou todos os militantes da organização a construir o “maior Congresso da história da UJS em Pernambuco. Em praça pública e para mais de mil jovens de todas as tribos e regiões do estado”. Em seguida, a Diretora Estadual de Organização da UJS, Amanda Mello, apresentou o plano de ação que visa filiar e organizar cerca de 40 mil jovens no estado.

Plenário lotado na abertura do Curso Estadual, com Ossi Ferreira
Em clima de muita unidade, o plano de ação foi aprovado e em seguida foram eleitos jovens para cuidar de diversas frentes de atuação da UJS, como: Movimento Hip Hop, Mulheres, LGBT, Cultura, Jovens Trabalhadores e PPJ. Na oportunidade, o Diretor de Comunicação da UJS Pernambuco, Matheus Lins, apresentou uma novidade nas Redes Sociais da organização, que a partir de agora, conta com a publicação semanal de artigos de dois militantes que se encontram estudando fora do país. São eles: Nelson Barros (China) e Vinícius Soares (EUA). No ano em que completa 30 anos, a UJS demonstrou força e consolida-se como maior organização política de jovens do Brasil.

Ato em comemoração dos 30 anos da UJS

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

100 anos do Santa Cruz, o time do Povo.

Na segunda-feira, dia 03 de fevereiro de 2014, completou exatos 100 anos o maior clube do Nordeste, um dos maiores do Brasil. O poderoso Santa Cruz é grandioso pelo seu valor histórico, seus feitos e vários títulos. Mas, sobretudo, o Santa Cruz é grande por ter uma enorme massa, composta pela população mais humilde do Recife, que dribla as dificuldades para poder apreciar e acompanhar seus passos. São milhões de torcedores que enfrentaram alegrias e tristezas, momentos de conquistas e rebaixamentos. Mas que nunca, em momento algum, pensaram em abandonar essa entidade que simboliza a alegria dos pernambucanos mais sofridos e lutadores.



Ser santacruzense é muito mais do que ser um mero e simples torcedor. Torcer para o Santa Cruz é uma decisão para a vida toda. Que passa de geração em geração. Que supera todas as dificuldades, rememorando as glórias do passado, e sempre acreditando num futuro de muitas conquistas e alegrias. Ser santacruzense é nunca baixar a cabeça e sempre ter orgulho de dizer que é SANTA CRUZ. Ser santacruzense é honrar a memória de 11 jovens recifenses que tiveram a ousadia de organizar um Clube de futebol com identidade popular e aberto aqueles que não eram da alta sociedade no inicio do século XX. É se orgulhar de torcer para um time que enfrentou o racismo e teve entre seus atletas o primeiro mulato e o primeiro negro jogadores de futebol em pernambuco. É se orgulhar de nunca ter se submetido ao poder econômico dos clubes do sul em organizações corruptas e fraudulentas com o Clube dos 13 e Cia. Organizações que sucatearam o futebol nordestino, mesmo tendo entre eles 3 representantes, que se favoreceram do poder econômico e impuseram um hegemonia descabida e antidesportiva.

São 100 anos de uma história rica e emocionante. História que teve milhares de personagens. Alguns deles se destacam e enriquecem nosso passado. Não listando em ordem cronológica, gostaria de mencionar Tará, Birigui, Givanildo Oliveira, Carlinhos Bala, Ramon, Amarildo, Luiz Neto, Thiago Cardoso, Nunes, Betinho, Elói, Célio, Zé do Carmo, Dênis Marques e Flávio Caça-Rato. Uma fração dos muitos jogadores que ajudaram a construir a história do Santa Cruz.

Que venham mais 100 anos. Recheados de muitas conquistas e vitórias. Mas sempre com uma boa pitada de emoção. Porque, afinal, se for fácil não é SANTA CRUZ! Um viva a torcida MAIS APAIXONADA DO BRASIL.