sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Qual será o destino do Egito?

  "No 18º dia de protestos, o chefe do regime ditatorial do Egito, Hosni Mubarak, declarou a renúncia ao cargo de presidente, após 30 anos de permanência. O anúncio foi feito pelo vice-presidente do Egito, Omar Suleiman, que também apresentou sua renúncia.

Praça Tahrir lotada de manifestantes comemorando a renuncia de Mubarak
  O povo está em festa nas ruas do Cairo e em todo o país. As gigantescas manifestações populares abriram o caminho à democratização do país e mudanças sociais e políticas mais profundas."
(Portal Vermelho 11/02/2011)*

"V" de Vitória e alegria misturada com alívio para comemorar o novo tempo
  Uma comoção tomou o mundo hoje. O povo egípcio conseguiu expurgar do poder o ditador Hosni Mubarak. Uma vitória de gerações. Gerações que sofreram com torturas, assassinatos e desaparecimentos. E que hoje voltam a cena principal lutando por melhores condições de vida e DEMOCRACIA! Todas as gerações numa só. Uma grande conquista para ser lembrada durante décadas. O mundo torceu, se comoveu e agora respira aliviado. Ao todo, mais de 300 pessoas foram mortas e milhares ficaram feridos desde o inicio das manifestações. Mas o sentimento de que tudo valeu a pena reina no coração de cada egípcio, que teve de conviver durante 30 anos com uma história perversa. Corrupção, miséria e repressão (só para citar alguns exemplos). Conseguiram dar a volta por cima e agora todos se angustiam e se perguntam: Qual será o destino do Egito e do seu povo?

Manifestantes em intensas mobilizações
  Vamos e convenhamos, após 18 dias de intensas manifestações, pressões de diversos países e da opinião pública internacional, Mubarak já foi tarde! Já foi tarde mas deixou ao mundo várias dúvidas que não querem calar. A mais importante delas, na opinião deste mero blogueiro, é justamente sobre o futuro deste povo sofrido e batalhador. De fato, a renúncia foi um ato significativo que merece destaque. Mas não soluciona por si só todos os problemas. Nenhuma grande liderança surgiu com força para unificar o pensamento dos manifestantes e da população em prol de um projeto único de nação. Que viesse a dar resposta aos anseios e  as necessidades que ficaram guardadas durante décadas.

  O fato da transição passar pelas mão dos militares, nos deixa com uma pulga atrás da orelha. Se formos pela lógica de que a ditadura no Egito era financiada pelos EUA, que tinham como propósito a manutenção da sua supremacia econômica e militar no Oriente Médio. Vamos concluir que todo o aparato militar sofre influência direta de Washington. Suas armas foram construídas e/ou financiadas pelos norte americanos. Seus oficiais treinados de acordo com as táticas e interesses do pentágono. Será mesmo que o poder central do Egito nas mãos dos militares estão em melhores mãos?

  O imperialismo norte americano se moldou constantemente durante as décadas. Aprendeu com seus erros e encontrou novas formas de dominação! Foram capazes de dar passos para trás para poder dar um pulos mais adiante. Se fazem de cordeiros, mas são na verdade os maiores predadores do planeta. Se infiltram e influenciam em seu favor. Corrompem, assassinam e destroem nações inteiras em nome do "livre mercado" e do seu modelo puritano de "Democracia". São como cachorros famintos que não largam o osso. Proliferam miséria e fome. Morte e destruição.

Grande presença da juventude nos atos de derrubaram Mubarak
  O povo do Egito precisa encontrar as saídas rápidas para seu destino. Precisam elaborar um projeto único de nação que atenda as demandas dos mais necessitados e de todos os excluídos do antigo sistema. A unidade nacional é importante para que não aconteçam mais atentados nem golpes. Uma volta por cima repleta de solidariedade e paz é urgente para os egípcios. O mundo confia e acredita. Mas temos que ficar de olho nos interesses dos EUA que não cessaram nem cessarão após os fatos ocorridos recentemente. O império vai contra atacar! Mas tomará que até lá os egípcios já tenham encontrado as respostas para todas as dúvidas que começam a surgir nesta nova conjuntura. Viva o povo LIVRE do Egito. Viva a solidariedade internacional. Viva o Socialismo!



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