quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Rio+20 será marco histórico global, prevê liderança da Unesco


A Rio+20 tem tudo para se tornar um marco histórico mundial. É uma oportunidade para que os países discutam e tomem medidas práticas para conter os impactos ambientais em todo ambiente global nos próximos dez anos. Para a diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Irina Bokova, é o início de uma transição mundial.

"Rio+20 deve ser lembrada como um marco [histórico]. É o início de uma transição global verde. Essa é a visão da Unesco que orienta nosso trabalho no desenvolvimento de ações nas áreas de educação, ciências, cultura, informação e comunicação para um futuro mais sustentável", disse Bokova.

Ela acredita que será uma “oportunidade única” de avançar na construção de uma agenda global, única, para o desenvolvimento sustentável. De acordo com Irina Bokova, o esforço deve ser de todos, países desenvolvidos e em desenvolvimento, tanto na elaboração das propostas, quanto na execução das ações. Ela lembrou que a falta de diálogo tem acentuado o que chamou de "“grave degradação dos recursos naturais do mundo”.

Participantes

Ao menos cem presidentes e primeiros-ministros são esperados na Rio+20, além de 50 mil credenciados. Os demais números referentes às pessoas que trabalharão no evento – direta e indiretamente – e visitantes ainda estão sendo calculados.

A Rio+20 acontece duas décadas depois de outra conferência que marcou época, a Rio 92. O objetivo agora é definir um modelo internacional para os próximos 20 anos com base na preservação do meio ambiente, mas com o foco na melhoria da condição de vida a partir da erradicação da pobreza, por meio de programas sociais, da economia verde e do desenvolvimento sustentável para uma governança mundial.

A conferência conta com o apoio e o comando da Organização das Nações Unidas (ONU). O secretário-geral do encontro é o diplomata chinês Sha Zukang. Quem preside a conferência é a presidente do país anfitrião, Dilma Rousseff.

Economia verde

O governo brasileiro vai aproveitar os debates da Conferência Rio+20 para destacar a economia verde como alternativa mundial, a partir de políticas de incentivos à melhoria da qualidade de vida das populações, erradicando a pobreza e estimulando a sustentabilidade. Essa alternativa deve ser associada aos programas de transferência de renda, como os adotados no país, e aos números positivos da economia nacional.

Uma das preocupações do Brasil é incluir essa determinação no documento final, no qual estarão definidas as metas para o desenvolvimento sustentável nas próximas duas décadas e que serão adotadas por todos os participantes da Rio+20. A ideia é aprovar um documento como o definido pelas Organização das Nações Unidas (ONU), em 2000, quando foram estabelecidas as Metas do Milênio.

No Metas do Milênio, os objetivos estiveram concentrados em combate à fome e à pobreza, educação básica de qualidade para todos, igualdade entre sexos e valorização da mulher, redução da mortalidade infantil, melhoria da saúde das grávidas, combate à aids e à malária, estímulo ao respeito ao meio ambiente e incentivo ao trabalho pelo desenvolvimento.

Os ex-presidentes da República Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso, Fernando Collor de Mello e José Sarney (PMDB-AP), presidente do Senado, foram convidados a participar das discussões na conferência, a exemplo do que ocorreu em março do ano passado, durante a visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

Com Agência Brasil - do: www.vermelho.org.br

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