sexta-feira, 15 de março de 2013

UJS Pernambuco realiza seminário e plenária neste final de semana


A União da Juventude Socialista (UJS), realizará neste final de semana um seminário de formação política para debater os desafios da educação no estado de Pernambuco e no Brasil. Serão debatidos vários temas envolvendo todas as áreas da educação, do ensino básico a pós-graduação. Participará do debate, o Presidente do Sindicato dos Professores da rede privada de Pernambuco (SINPRO-PE), Jackson Bezerra e o Professor da rede Municipal de Igarassu e secretário de formação da UJS-PE, Nilson Vellazquez.

Logo após o seminário sobre Educação, os militantes da UJS debaterão sobre a Conjuntura, com a participação do Presidente Nacional da UJS, André Tokarski e do Secretário de Organização do PCdoB em Pernambuco, Ossi Ferreira. Fechando o sábado acontecerá o Cine Clube Socialista.

No domingo, todas as atenções serão voltadas a Plenária estadual da UJS, onde serão debatidos e deliberados temas referentes a organização da UJS em Pernambuco e sua participação nos fóruns do movimento estudantil, Congresso da UNE, UEP, UMES e UBES.

Serviço:

Seminário \ Plenária da UJS-PE

Local: Sindicato dos Professores de Pernambuco (SINPRO-PE)
Endereço: R. Almeida Cunha, 65 - Santo Amaro (Proximo a UNICAP e CONTAX)
Data \ Horário: Dia 16\03 - das 09h as 20h | Dia 17\03 - das 09h as 16h


Firme na LUTA!

Prefeitura e UFPE se aproximam para projetos de mobilidade e urbanismo

Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR
Mobilidade, urbanismo, desenvolvimento econômico e parques tecnológicos estão na pauta dos diálogos entre Prefeitura do Recife e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Na última quinta-feira (14) o Reitor da UFPE, Anísio Brasileiro, foi recebido pelo prefeito Geraldo Julio e pelo vice-prefeito Luciano Siqueira (PCdoB), no gabinete do gestor municipal, onde tiveram as primeiras conversas sobre futuros convênios nas referidas áreas.

No encontro, o reitor colocou a UFPE à disposição para contribuir com os novos projetos para o Recife. "Esperamos discutir assuntos de interesse comum, como desenvolvimento urbano, educação, avanço do mar, parques tecnológicos e capacitação de pessoal", disse.

O prefeito ressaltou a importância da contribuição da academia para os projetos de desenvolvimento do Recife. "A universidade tem papel importante na história da cidade, por isso esperamos ter uma atuação bastante próxima", afirmou. "Temos que nos afinar com a academia porque precisamos formar os profissionais para esta nova economia que estamos vivendo", atentou o prefeito.

Também participaram da reunião o vice-reitor da UFPE, Sílvio Romero Marques, o diretor de relações institucionais da universidade, Ivaldo Pontes, e a chefe de gabinete da reitoria, Solange Coutinho.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Familia de Vladmir Herzog receberá novo atestado de óbito


A família de Vladimir Herzog vai receber amanhã (15) uma nova versão do atestado de óbito do jornalista, que foi corrigido por determinação da Justiça.

O evento acontecerá no Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (USP). No mesmo ato, a Comissão de Anistia, do Ministério da Justiça, fará um julgamento simbólico para que o estudante de geologia da USP Alexandre Vannucchi Leme, morto em 1973, receba a anistia política.

Receberão o novo atestado a viúva do jornalista, Clarice, e os filhos Ivo e Lucas Herzog. Em vez de suicídio, o documento dirá que a morte decorreu de lesões e maus tratos sofridos em dependência do 2º Exército de São Paulo.

Vlado, como é conhecido o jornalista, morreu em 1975 após uma sessão de tortura no DOI-Codi, em São Paulo, mas a versão divulgada pelo Exército na época foi a de suicídio.

Em 24 de setembro de 2012, o juiz Márcio Bonilha Filho, da 2ª Vara de Registros Públicos de São Paulo, acatou pedido da Comissão Nacional da Verdade e da família para que fosse feita a retificação.

Após a decisão do juiz, a promotora Elaine Maria Barreira Garcia chegou a entrar com recurso para substituir o texto para morte violenta, de causa desconhecida. O pedido, no entanto, foi negado pela Justiça paulista.

Herzog compareceu espontaneamente ao DOI-Codi após ter sido procurado por agentes da repressão em sua casa e na TV Cultura, onde trabalhava como diretor de jornalismo. O jornalista foi torturado e espancado até a morte.

A morte gerou manifestações, como a famosa missa na catedral da Sé, em São Paulo, e contribuiu para que o presidente Ernesto Geisel e seu ministro Golbery do Couto e Silva vencessem a queda de braço com a linha dura da ditadura, que pedia um aperto na perseguição à esquerda, sob o argumento de que o país vivia a ameaça do comunismo.

Fonte: Agência Folhapress

As elites brasileiras detestam Chávez

Por João Sicsú*

Não pensei em escrever para homenagear Hugo Chávez. Ele merece. Mas já li tantas homenagens que me senti contemplado. Resolvi, contudo, escrever. O motivo: indignação.

Em uma rádio de grande audiência dedicada ao jornalismo, que vai ao ar no Rio e em São Paulo, todos os dias às 8h42 da manhã há uma sessão de humor. Quinta-feira, 7 de março, contaram piadas com muitas risadas sobre a morte do presidente venezuelano.

Esse é o tipo de jornalismo e humor que ofendem os bons humoristas e profissionais da comunicação. Duvido que fizessem essas piadas sobre a morte de seus milionários patrões que enriquecem no mercado concentrado de comunicação. A indignação e o repúdio ao desrespeito me levaram a coletar dados para explicar objetivamente porque as elites brasileiras detestam Chávez.

Certos jornalistas e humoristas não sabem o que o povo venezuelano sabe, sente e vive. Aliás, não sabem nada nem sobre o povo brasileiro. Outro dia, um de seus amigos pediu socorro para saber o significado de “povo, gente, emprego”. Mas o povo pobre da Venezuela sabe o que ganhou com Chávez.

Em uma publicação da ONU intitulada Habitat, lançada em agosto do ano passado, há números e gráficos comparativos do “estado das cidades na América Latina e no Caribe”. O relatório trata de muitos temas que interessam a pesquisadores, gestores e moradores de grandes cidades. Seus números ajudam a entender também por que o povo da Venezuela está nas ruas chorando por Chávez.

As análises contidas no documento da ONU têm qualidade. São comparações internacionais que possuem grande utilidade. Caracas e as cidades da Venezuela apresentam números que despertam interesse:

1) Em 1999, a Venezuela tinha 49% da sua população urbana em situação de pobreza e indigência. Em 2010, este percentual foi reduzido para 28%.

2) Entre 26 cidades selecionadas, o menor índice de Gini entre seus habitantes é o de Caracas, que é inferior a 0,40. No Brasil, é 0,5. Este índice mede a desigualdade de renda.

3) Nas cidades da Venezuela, mais de 80% das residências são ocupadas por seus proprietários. Na Colômbia, este número é inferior a 50%. A Venezuela é a melhor neste quesito; a Colômbia, a pior.

4) Na América Latina e no Caribe, a proporção de população urbana que tem saneamento está entre 80 e 85%. Na Venezuela, está próxima de 95%. Na Venezuela, 90% da população urbana recebem água encanada.

5) De 21 países selecionados, a maior cobertura de coleta de lixo urbana ocorre na Venezuela. A pior está no Paraguai.

6) Em 21 cidades selecionadas, mostra-se que o gasto médio mensal de um usuário regular de ônibus; em Caracas, é de 6% do salário mínimo. Em Buenos Aires, se gasta 5% e, em São Paulo e no Rio de Janeiro, 12%.

São esses números que os Jardins (em São Paulo) e o Leblon (no Rio) desconhecem. Nem fazem qualquer esforço para conhecê-los. Preferem ser informados pelos veículos que trazem conforto interno e energia para combater as possibilidades de mobilidade social – seja aqui, seja na Venezuela. Sãos os mesmos veículos que fazem piada com a dor do povo venezuelano.


* João Sicsú é Professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi diretor de Políticas e Estudos Macroeconômicos do IPEA entre 2007 e 2011


Fonte: www.cartacapital.com.br

PCdoB faz campanha de rádio e TV com temas do Programa Socialista

A partir desta quinta-feira (14) e nos dias 16, 28 e 30 de março, o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) fará uma campanha de rádio e TV por meio de cinco diferentes mensagens de 30 segundos cada. 

No mês de aniversário de 91 anos do Partido, que são comemorados em 25 de março, o PCdoB terá cinco minutos diários onde, resumidamente, contará sua história de luta e de conquistas em mais de 90 anos. No dia 28, será transmitido em cadeia nacional de rádio e TV o programa de 10 minutos.

As mensagens em vídeo terão a participação do presidente nacional do partido, Renato Rabelo, do ministro do Esporte Aldo Rebelo, do presidente da Embratur, Flávio Dino, do senador cearense Inácio Arruda e da deputada federal gaúcha, Manuela D’Àvila.

As mensagens abordam aspectos do programa partidário como a luta pela democracia plena, a soberania nacional, o desenvolvimento, o progresso social e a integração latino-americana. A luta pelas reformas democráticas, contra as desigualdades e pelo fortalecimento das lutas sociais também são abordados nos quadros. Em sua fala, o presidente do PCdoB ainda aborda as conquistas que o povo brasileiro já obteve nestes últimos dez anos, com governos progressistas.

Com o slogan “É isso que o PCdoB defende nestes mais de 90 anos. Uma mesma cara, uma mesma história, um mesmo partido”, o PCdoB tenta mostrar ao grande público que este é um partido que trilha o caminho da justiça social, da democracia e do desenvolvimento, um partido comunista que objetiva o socialismo com a cara do Brasil.

Veja todas as inserções em sequência:


quarta-feira, 13 de março de 2013

Como desconstruir frágeis argumentos de um alienado

Veja como é fácil desconstruir frágeis argumentos de pessoas alienadas que reproduzem qualquer coisa que escutam por ai.



Fonte: http://www.facebook.com/redeesgotodetelevisao

Aldo Rebelo: Boa alimentação, atletas competitivos

O brasileiro está mais forte, mais bem nutrido e mais alto – eis uma excelente notícia para um país que, pelo aumento da quantidade de atletas em atividade, pretende conquistar qualidade e vitórias em competições internacionais. 


Coluna do ministro Aldo Rebelo* no jornal Diário de São Paulo

A relação entre esporte e alimentação está sofisticada a ponto de para cada modalidade indicar-se uma dieta específica, com grupos de alimentos que vão influir no desempenho.

O ciclo virtuoso que o Brasil vive tem proporcionado mais renda, acesso à informação e alimentação farta às camadas populares. Programas como Fome-Zero e Bolsa-Família abastecem a mesa do povo com mais e novos grupos de alimentos. 

Pesquisas demonstram que 73,7% das famílias inscritas nos programas não só aumentaram a quantidade como também a variedade do cardápio diário. As crianças, em 69% das famílias, passaram a consumir produtos lácteos, ricos de proteínas essenciais ao desenvolvimento ao menos até dois anos de idade.

Houve um tempo em que as Forças Armadas tinham dificuldade de engajar jovens no serviço militar por causa da baixa estatura. No Exército, a média dos recrutas era de 1,64 m na década de 1980 e subiu para 1,74 m em 2011. 

Fenômeno semelhante ocorre no esporte. Talento e treino são essenciais, mas há modalidades, como basquete e vôlei, em que o tamanho faz diferença. As jogadoras principalmente estão mais altas. 

Se a estrela Hortência, que seria excepcional com qualquer altura, foi uma grande cestinha com 1,74 m, hoje as integrantes da seleção brasileira de basquete passam de 1,80 e algumas, como Clarissa, Nádia e Érica, medem mais de 1,90 m.

A mesa farta do brasileiro é portanto um indicador de que uma antiga limitação está sendo vencida. Crianças e adolescentes já começam a praticar esporte com o corpo sadio e preparado para atender às exigências dos músculos e do cérebro.

*Aldo Rebelo é ministro do Esporte.

terça-feira, 12 de março de 2013

Olinda festeja com alegria seus 478 anos de história

Uma comemoração com artistas da terra, muito frevo e um delicioso bolo recheado gigante. Estes são os ingredientes que vão temperar a festa da ilustre aniversariante do mês: a linda Olinda. A cidade, que recentemente foi palco de um dos carnavais mais visitados do Brasil, agora se prepara para comemorar, em grande estilo, os seus 478 anos. A partir das 18:30, do dia 12 de março, todos os olindenses e amantes da Cidade Patrimônio estão convidados para participar da solenidade em frente ao Palácio dos Governadores, atual sede da Prefeitura de Olinda.

No palco, montado especialmente para a festa, será entoado o “parabéns” para a cidade e cortado o bolo gigante, que mais uma vez pesa a mesma quantidade de anos completos da aniversariante, e será carinhosamente feito com um delicioso recheio de chocolate e coberto com arte em papel arroz. O quitute, que começa a ser confeccionado no dia anterior à festa, será montado no local a partir das 15h. A novidade é que, este ano, a iguaria será decorada em homenagem ao frevo pelo merecido título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.

A animação ficará por conta do afoxé Oxum Pandá e D’Breck. O Coral Encanto de Olinda, representado por 100 crianças que integram os projetos sócio assistenciais desenvolvidos pela Secretaria de Desenvolvimento Social, Cidadania e Direitos Humanos do município, fará a abertura do evento, que contará ainda com a participação do Maestro Spok e banda.

E a folia não poderia ficar de fora da comemoração! Para aumentar ainda mais a animação dos participantes, cortejos com passistas e estandartes da Associação Carnavalesca de Olinda desfilarão pela cidade. A festa contará também com a presença das Conxitas, Patusco, Maracambuco, caboclos de lança, escolas de samba Preto velho e Oriente, Bandeirante do Samba, além das tradicionais serenatas com a participação dos Seresteiros de Olinda e Luar de Olinda.

HISTÓRICO – Em 1537, o povoado de Olinda cresceu tanto, que foi elevado à categoria de vila. Assim, em 12 de março, do mesmo ano, Duarte Coelho enviou ao rei de Portugal, D. João III, o Foral, carta de doação que descrevia todos os lugares e benfeitorias existentes na Vila de Olinda. Assim surgia a Cidade Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, A Marin dos Caetés, a grande homenageada do dia.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Fidel Castro: Perdemos nosso melhor amigo

O comandante da Revolução Cubana, Fidel Castro, assim se referiu ao falecimento do comandante presidente da Venezuela, Hugo Chávez Frías, ocorrido na última terça-feira (5). Leia a sua reflexão. 


No dia 5 de março, ao final da tarde, faleceu o melhor amigo que o povo cubano já teve, ao longo da sua história. Uma chamada via satélite comunicou a amarga notícia. O significado da frase empregada era inconfundível. Ainda que conhecêssemos o estado crítico da sua saúde, a notícia nos golpeou com força. Eu recordava das vezes em que brincou comigo, dizendo que quando ambos tivéssemos concluído a nossa tarefa revolucionária, me convidaria a passear pelo rio Arauca, em território venezuelano, que o fazia lembrar-se do descanso que nunca teve.

Cabe a nós a honra de ter compartido com o líder bolivariano os mesmos ideais de justiça social e de apoio aos explorados. Os pobres são os pobres em qualquer parte do mundo.

“Dê-me, Venezuela, em que servir-lhe: ela tem em mim um filho”, proclamou o Herói Nacional e Apóstolo da nossa independência, José Martí, um viajante que, sem limpar-se do pó do caminho, perguntou onde estava a estátua de Bolívar.

Martí conheceu o monstro porque viveu em suas entranhas. É possível ignorar as profundas palavras que verteu em carta inconclusa ao seu amigo Manuel Mercado, na véspera da sua queda em combate? “... já estou todos os dias em perigo de dar a minha vida por meu país, e por meu dever – posto que o entendo e tenho ânimo com que realizá-lo – de impedir a tempo, com a independência de Cuba, que se estendam pelas Antilhas os Estados Unidos, e caiam, com mais essa força, sobre as nossas terras da América. O quanto fiz até hoje, e farei, é para isso. Em silêncio, teve que ser, e indiretamente, porque há coisas que, para consegui-las, têm de andar ocultas ...”

Havia passado então 66 anos desde que o Libertador Simón Bolívar escreveu: “... os Estados Unidos parecem destinados pela Providência a infestar a América de misérias em nome da Liberdade”.

Em 23 de janeiro de 1959, 22 dias depois do triunfo revolucionário em Cuba, visitei a Venezuela para agradecer ao seu povo, e ao governo que assumiu o poder depois da ditadura de Pérez Jiménez, pelo envio de 150 fuzis, no final de 1958. Disse, então:

“…a Venezuela é a pátria do Libertador, onde se concebeu a ideia de união dos povos da América. Logo, a Venezuela deve ser o país líder da união entre os povos da América; nós cubanos respaldamos nossos irmãos da Venezuela.

“Falei destas ideias não porque me move alguma ambição de tipo pessoal, ou sequer uma ambição de glória, porque, ao fim e ao cabo, a ambição por glória não deixa de ser uma vaidade, e como disse Martí: ‘Toda a glória do mundo cabe em um grão de milho.”

“Assim que, portanto, ao vir falar assim ao povo da Venezuela, o faço pensando honrada e profundamente, que se queremos salvar a América, se queremos salvar a liberdade de cada uma das nossas sociedades, que, ao fim e ao cabo, são parte de uma grande sociedade, que é a sociedade da América Latina; se queremos mesmo salvar a revolução de Cuba, a revolução da Venezuela e a revolução de todos os países do nosso continente, temos que aproximar-nos e temos que respaldarmo-nos solidamente, porque sozinhos e divididos, fracassamos.”

Isso disse naquele dia, e hoje, 54 anos depois, o ratifico!

Devo apenas incluir naquela lista aos demais povos do mundo que, durante mais de meio século, têm sido vítimas da exploração e do saque. Essa foi a luta de Hugo Chávez. Nem sequer ele próprio suspeitava quão grande era.

Até a vitória, sempre, inesquecível amigo!

Fidel Castro Ruz, em 11 de março de 2013

Fonte: Cubadebate
Tradução: Moara Crivelente, da Redação do Vermelho

terça-feira, 5 de março de 2013

Morre o presidente venezuelano, Hugo Chávez Frías

Emocionado, o vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro anunciou, nesta terça-feira (5), a morte do presidente Hugo Chávez Frías, que lutava contra um câncer. Chávez morreu às 16h25 locais (18h55 horário de Brasília). A notícia foi dada em cadeia nacional às 19 horas (horário de Brasília).

Por Vanessa Silva, do Portal Vermelho


“Sabemos que este mundo tem um amor muito grande por este que desenvolveu os projetos mais lindos e humanistas que se conheceu em décadas na Venezuela, projetos pela independência e a paz”, disse Maduro. 

Após receber a notícia, o vice-presidente se reuniu com as filhas e familiares do presidente para confortá-los.

Maduro ressaltou o legado deixado pelo presidente que “não morrerá nunca”. Neste momento de dor pediu aos “compatriotas muita coragem, e muita força. Temos que crescer nesta dor, temos que nos unir na maior disciplina, colaboração e irmandade. Somos irmãos de um homem gigante, como sempre foi e será Hugo Chávez. Que não haja fraqueza, violência, ódio. Somente o único sentimento que teve Chávez por seu povo: amor pelo futuro, paz e disciplina”.

O líder venezuelano lembrou a mensagem de Chávez quando, em 8 de dezembro partiu rumo a Havana, Cuba, onde deu continuidade ao tratamento. “Nossa maior vitória é a união do povo pela paz. E a união das forças armadas”, disse o comandante na ocasião. 

Aos que tentam desestabilizar o país, Maduro pediu respeito: “Há um governo de homens e mulheres comprometidos em protegê-lo. Os que nunca concordaram com Chávez, respeitem a dor do povo. É o momento de pensar em nossas famílias. Só pedimos respeito ao nosso povo”.

Por seu turno, o ministro da Defesa, Diego Molero Bellavia, declarou total apoio ao governo venezuelano. “As Forças Armadas Bolivarianas garantirão o cumprimento da Constituição. Chávez pediu unidade e podem contar que as Forças Armadas estão com o povo. Todos nós temos o dever de fazer cumprir esta missão. Aconteça o que acontecer, seguiremos tendo pátria”, disse. 

Em um ambiente de forte emoção, Maduro encerrou o comunicado com uma canção do venezuelano Alí Primera que diz “os que morrem pela vida não podem chamar-se mortos. A partir deste momento é proibido chorar. Nos levantemos com o canto de Alí!”

Há 60 anos, morreu Stálin, líder da União Soviética

Há exatos 60 anos, no dia 5 de março de 1953 morreu em Moscou o dirigente da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e do Partido Comunista da União Soviética. O país e os comunistas de todo o mundo sentiram então o profundo golpe. Desaparecia aquele que durante três décadas comandou a construção do socialismo no país em meio a graves contradições e conflitos.


Jossif Vissarionóvitch Djugashvili, o Stálin (Homem de Aço) nasceu em 21 de dezembro de 1879 em Gori, província de Tblissi, Geórgia, região da Transcaucásia. Era filho de um sapateiro e uma camponesa.

Como seminarista em Tblissi, Stálin conheceu a literatura marxista e filiou-se ao Partido Operário Social Democrata da Rússia no ano de sua fundação, em 1898.

A partir de então dedicou-se à atividade revolucionária, editando publicações clandestinas, redigindo textos e artigos e fazendo a propaganda do marxismo entre os operários.

Participou ativamente da luta operária a partir de 1905. No ano de 1912, na Conferência de Praga (antiga Tchecoslováquia), os bolcheviques decidem organizar-se em partido independente, afastando completamente os mencheviques e adotando o nome Partido Operário Social Democrata Russo (bolchevique).

Na época, Stálin estava na prisão, de onde fugiu pouco depois, participando com Lênin da criação do jornal Pravda (A Verdade). Indicado para dirigir o grupo bolchevique na Duma (parlamento russo), foi detido mais uma vez e enviado para a Sibéria, de onde só sairia com a revolução democrática de fevereiro de 1917, que pôs fim ao regime monárquico czarista.

A jornada de luta dos operários, que acontecia desde o início do ano de 1917, se amplia e obtém a adesão de um grande número de soldados sublevados em razão das precárias condições criadas pela Primeira Guerra Mundial.

Durante o período anterior à Revolução de Outubro, Stálin participou dos preparativos para a insurreição e integrou o grupo que conduziu o Comitê Militar Revolucionário. O levante começou no dia 23 de outubro (6 de novembro no calendário usado atualmente), à noite. No dia seguinte, rapidamente, as tropas revolucionárias tomaram os principais pontos de Petrogrado e o Palácio de Inverno, onde se tinha refugiado o governo provisório.

Quando o 2º Congresso dos Sovietes se instalou naquele mesmo dia, proclamou: “… apoiando-se na vontade da imensa maioria dos operários, soldados e camponeses e na insurreição triunfante levada a cabo pelos operários e a guarnição de Petrogrado, o Congresso toma em suas mãos o poder”. 

Após a revolução, Stálin atua na condução do Partido e dos negócios do Estado. Durante a guerra civil desencadeada pela burguesia, destacou-se como estrategista militar.

Em 1936, o 18º Congresso dos Sovietes aprova uma nova Constituição da URSS, a Constituição do socialismo, garantindo não apenas liberdades formais como as constituições burguesas, mas amplíssimos direitos e liberdades aos trabalhadores, material e economicamente, assegurados por todo o sistema da economia socialista que não conhece as crises, a anarquia nem o desemprego.

Enquanto os soviéticos comemoravam êxitos, os países capitalistas viviam profunda crise e Hitler já ocupava as nações vizinhas da Alemanha. Em relação à política externa, o Soviete Supremo orienta o país a continuar aplicando a política de paz e de fortalecimento das relações com todos os países, não permitindo que a URSS fosse arrastada a conflitos por provocadores, política amplamente defendida por Stálin na época.

Em 1941, após campanhas militares vitoriosas na Europa Ocidental e Central, a Alemanha de Hitler invade o território da URSS. A guerra contra a União Soviética durará cerca de 4 anos e meio e trará danos terríveis para o país. Mesmo assim, liderado por Stálin, o Exército Vermelho e o povo soviético rechaçam heroicamente a agressão nazista. Os invasores foram expulsos no fim de 1944 e completamente derrotados em maio de 1945. Uma epopeia que salvou não somente a URSS, mas toda a humanidade.

Stálin dedicou-se também ao trabalho teórico e ideológico, sistematizando e difundindo os princípios do marxismo-leninismo. 

Sob sua direção, o socialismo se estabeleceu e a URSS conquistou imensos êxitos. Também cometeu graves erros, que estão entre os fatores que levaram à degenerescência do socialismo e à sua posterior derrota.