quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

UJS reúne ex-presidentes da entidade no marco de seus 30 anos

Fundada em 1984, a União da Juventude Socialista (UJS) completará 30 anos neste ano, e o Seminário Preparatório para o 17º Congresso tratou desse marco histórico na noite dessa terça-feira (28). Para isso, promoveu um verdadeiro encontro de gerações e reuniu dirigentes de diversas fases dessa trajetória.

Fotos: UJS divulgação
Alemão: “O Brasil de hoje não seria o mesmo sem a UJS”

Ricardo Abreu, conhecido como Alemão, foi um dos fundadores da UJS e participou ativamente da construção da entidade durante muitos anos. Ele resgatou os primeiros anos da organização e os desafios de lutar por mais democracia quando a ditadura militar ainda dava seus últimos suspiros.

“O começo da história da UJS acompanhou um período de ascensão da luta de massas”, afirmou Alemão, relembrando que o ano de fundação da entidade assistiu também a campanha das “Diretas Já”, que exigia o direito do povo brasileiro de eleger o presidente da República.

De acordo com ele, todas as grandes conquistas da juventude brasileira nesses últimos 30 anos contaram com a impressão digital da UJS: “Há muito tempo vocês defendem bandeiras de luta como a reserva de vagas, a meia-entrada e o passe livre”, arrematou.

Também presente na fundação da União da Juventude Socialista, Jorge Panzera foi coordenador-geral da entidade entre 1994 e 1996. Presente ao Seminário, ressaltou a ousadia da entidade que, recém-fundada, decidiu disputar os rumos da Constituinte de 1988 e assegurar um importante direito para a juventude: “Essa foi a organização que conquistou o direito do voto aos 16 anos”, lembrou.

Segundo Panzera, “o ineditismo de criarmos no Brasil uma organização juvenil ampla, que pensa a partir das bandeiras de luta desses jovens, se insere nessa realidade e, principalmente, é socialista, foi uma decisão histórica”.


Orlando Silva: “Participar da UJS é aprender a fazer luta política”


Um dos mais destacados dirigentes da história da UJS, Orlando Silva exerceu a presidência nacional da organização. Antes disso, escreveu seu nome na história da União Nacional dos Estudantes (UNE) ao ser o primeiro negro eleito presidente da entidade.

“Esse horizonte que a UJS busca, com formas diferentes de se organizar e se relacionar com a juventude e de lutar pelo Socialismo, marcou muito a minha vida”, afirmou Orlando ao destacar a pluralidade das fileiras da entidade, que reúne jovens estudantes, trabalhadores, e de diversas frentes que combatem todas as formas de opressão.

Sucessor de Orlando Silva na presidência da UJS, Wadson Ribeiro conduziu a entidade na vitoriosa campanha que elegeu Lula presidente em 2002 e recordou as dificuldades e o aprendizado da luta contra o neoliberalismo: “O Fora FHC significava a denúncia de uma política que trouxe inúmeras dificuldades para o Brasil e a juventude”. O ex-presidente ainda recordou o importante papel cumprido pela UJS na crise política de 2005, quando os setores conservadores ensaiaram um golpe contra o então presidente Lula.


André Tokarski: “A nossa geração acredita no Brasil”


O atual presidente da UJS, André Tokarski, tratou dos desafios de honrar a trajetória da organização e conquistar mais avanços: “Resgatar os 30 anos de história da UJS significa contar também um pouco da história do Brasil”, afirmou.

De acordo com André, o 17º Congresso Nacional da UJS deverá também relembrar os 50 anos do golpe militar de 1964 com mobilizações em todo o país e, ao mesmo tempo, lutar por mais mudanças no presente.

“Não é menor o reconhecimento público dado à UJS pela presidenta da República, Dilma Rousseff, pela participação em diversas conquistas da juventude”, afirmou André. “Mas queremos mais: a nossa geração acredita no Brasil e no potencial da juventude”, completou.

Fonte: Site da UJS

Nenhum comentário:

Postar um comentário