quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Google vai divulgar dados de usuários; aprenda a se proteger

A nova política de privacidade do Google entra em vigor em todo o mundo em 1º de março, mas já desperta polêmica entre os internautas. No final de janeiro, a companhia anunciou que iria juntar os dados coletados dos usuários em todos os serviços que oferece, entre eles e-mail, redes sociais e YouTube, para criar uma experiência “simples e intuitiva”.

A ação visa eliminar os obstáculos que a gigante da internet enfrenta para usar informações de um usuário do Gmail para o YouTube, por exemplo. Segundo a empresa, suas mais de 70 políticas diferentes, ou termos de uso assinados pelos internautas, vão ser compactadas em uma principal e 12 outras.

A mudança deve ajudar os anunciantes a encontrarem potenciais clientes e a personalizar as buscas dos usuários, seguindo, por exemplo, informações enviadas em emails.

A Microsoft lançou anúncios dizendo que seus serviços preservam os usuários e reguladores da União Europeia protestaram contra a política, além de pedirem mais tempo antes de sua aplicação para analisar se a privacidade dos usuários estaria devidamente protegida.

O Centro para Democracia Digital dos Estados Unidos também apresentou uma reclamação a Federal Trade Commission (FTC), na qual solicita que o Google seja processado para eliminar a nova politica de privacidade e multado. Caso isso ocorra, a FTC pode impor multas de mais de 16 mil dólares por dia para cada violação.

Mas ainda há tempo para aqueles que quiserem manter seus passos na internet em segredo –antes que o Google construa um perfil permanente que pode incluir informações pessoais como idade, sexo, localização e até mesmo sexualidade – antes da mudança.

Até 29 de fevereiro, é possível apagar o histórico de navegação, que vai limitar a extensão dos tópicos acompanhados pelo Google, que pode incluir os seus “segredos virtuais”.

Veja os três passos abaixo:

1 – Acesse a homepage do Google e faça o login em sua conta de e-mail. Após isso, clique em cima do login na home para habilitar um menu. Entre na opção “Configurações de Conta”.

2 – Encontre a sessão “Serviços” e o link “Veja, ative ou desative o Histórico da web”. Clique em “Acessar Histórico da Web”.

3 – Na próxima página, clique na aba “Remover todo o histórico da Web”.

Desabilitar o histórico não evita que o Google use os dados para fins internos, mas a empresa irá torna-los anônimo em 18 meses. Além disso, a busca personalizada é desativada.

Mesmo que o usuário não esteja logado em seu email, o Google pode traçar o seu perfil pelo IP do computador. Logo, a forma mais segura de limpar um histórico pessoal é logando-se a sua conta.

Publicado na Carta Capital

Terá fim “El baile rojo” na Colômbia?

Nota oficial das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (FARC-EP), foi divulgada no dia 27 de fevereiro, nela consta a entrega dos últimos sequestrados civis do movimento guerrilheiro. 

Por Ismael Cardoso*

Não entrarei nos porquês da existência de uma guerrilha no território colombiano. As motivações são iguais a todos os movimentos guerrilheiros que pipocaram no século passado no mundo: a luta pela libertação popular, esta é a causa sui generis. Entretanto não faço aqui uma defesa do movimento guerrilheiro, o que a Colômbia precisa é de paz para que seu povo possa seguir o caminho do desenvolvimento e independência que vive outros países da América Latina.

As tentativas de negociar a paz

Não é de hoje que ocorrem tentativas de uma paz negociada, onde os guerrilheiros entregam suas armas e retornam a legalidade. Entretanto, sempre que entregaram suas armas foram cruelmente chacinados.

No governo de Belisário Betancur (1982-1986) iniciaram-se as negociações entre o Estado e os diversos movimentos guerrilheiros. Estas negociações fracassaram e em 1992 o governo declarou guerra integral.

No governo de Andrés Pastrana (1998-2002) as negociações de paz ganharam mais concretude. Pastrana chegou a defender ações avançadas, ele dividiu o drama colombiano da seguinte maneira: de um lado camponeses pobres — que como em todo país andino tem a cultura do plantio de coca — sem alternativa por falta de projetos estatais, de outro lado os verdadeiros traficantes que compram a folha de coca e realizam todo processo de produção da cocaína e, por último, uma guerrilha ideológica. Por tanto, para Pastrana a atuação governamental deveria ocorrer no primeiro caso com incentivo a criação de alternativas aos camponeses, no segundo caso combatendo os traficantes e, em terceiro lugar uma negociação política para que os guerrilheiros entregassem as armas.

Me refiero a la decisión... de viabilizar la alternatividad productiva... esa erradicación debe complementarse com una estrategia consensuada entre la insurgencia, la comunidad internacional y el Estado colombiano.” [1]

Pastrana foi devidamente enquadrado pelo EUA através do “Plano Colômbia”. A partir de então o termo a ser usado seria “narcoguerrilha”, colocando em pé de igualdade a ser combatido, tanto os camponeses produtores, como os guerrilheiros.

O plano Colômbia tem metas muito duvidosas. Por exemplo: “82% de la ayuda militar de EUA va dirigido a golpear a los cultivadores que participan del 0,67% de precio de venta de las calles de Frankfurt y uma insurgencia que beneficia del 1% del jugoso volumen aprovechado por las organizaciones del narcotráfico. Qué sucede entoces, perguntamos, com el crimen organizado que se beneficia del 99% del capital exportador de cocaína?” [2]. 

Outro aspecto estranho no plano Colômbia é a possibilidade do presidente dos EUA poder deslocar, sem consulta ao congresso nacional, qualquer número de tropas naquela região, caso considere alguma ameaça grave a suas bases já instaladas no território.

A operação Baile Rojo

Em 1985 nos marcos do diálogo das Farc com o governo de Belisário Betancur, fundou-se a União Patriótica (UP), um partido político legalizado, onde ingressaram todas as lideranças guerrilheiras sem armas, pois, tiveram garantias do Estado colombiano de sua integridade física. Parecia nascer neste momento a solução definitiva dos conflitos na Colômbia.

A União Patriótica foi às ruas e participou das eleições de 1986. Alcançaram êxitos jamais conseguidos por nenhuma força de oposição, elegeram 12 deputados, nove congressistas, 14 prefeitos e 350 conselheiros nacionais, entre os deputados, elegeram-se dois comandantes das Farc que haviam entregado as armas.

Passadas as eleições começa a ser executado um plano que seria denunciado no âmbito internacional, chamado El baile rojo. Consistia em assassinar todos os membros da UP que haviam sido eleitos naquele ano de 1986. Ao final do ano de 1989 haviam sido assassinados dois candidatos a presidente, Jaime Pardo Leal (1986) e Bernardo Jaramillo (1989), oito congressistas, 11 prefeitos e milhares de seus militantes.

Não poderia haver outra consequência para tamanha atrocidade: os guerrielheiros que haviam abandonados suas armas voltaram para as matas e o conflito se reiniciou com toda força e brutalidade.

O massacre permanece

No final do ano de 2011, tive a honra de representar a UJS no congresso da Juventude Comunista Colombiana (Juco) e me impressionou um ato que devia ser uma homenagem aos militantes da Juco que saiam do trabalho de juventude naquele congresso e passariam ao trabalho partidário, no Partido Comunista Colombiano (PCC), entretanto, o ato se transformou numa emocionante homenagem aos últimos militantes da Juco que haviam sido assassinados, entre eles, uma jovem de apenas de 16 anos de idade! Pergunto, “El baile rojo” terminou?

A verdade é que o governo colombiano não tem interesse na paz, com o argumento da “narcoguerrilha”, ampliam o massacre as forças de esquerda — diga-se de passagem que o PCC é um partido legalizado, mas, isso não impede o governo de matar seus militantes — e, no limite, não podem permitir que uma corrente política tão poderosa, que num suspiro de liberdade pôde eleger tantos parlamentares e que ganhou a simpatia do povo com seus candidatos a presidente, atue de maneira livre. Este é um risco que eles não querem correr.

Os países da América Latina precisam participar decididamente das negociações de paz, caso contrário, o massacre continuará, dando argumento para ampliação das bases militares estadunidenses em nosso continente. Como se diz na Juco: “por nossos mortos nenhum minuto de silêncio, mas, uma vida inteira de lutas”.

[1] Pastrana, Andrés. El plan Colômbia: uma Gran Alianza com el Mundo contra el delito Interncional, por los Derechos Humanos, los Derechos Sociales e por la Ecología. 22 de outubro de 1998.

[2] Cycedo, Jaime. Paz democrática y emancipación. Colômbia em la hora latinoamericana. Presidente de Partido Comunista Colombiano

* Ismael Cardoso é secretário nacional de Comunicação da UJS

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

E a crise continua...



A quarta-feira que deixou de ser ingrata

Desde os tempos de criança aprendi a ver a quarta-feira de cinzas como algo solene, religioso e até mórbido. “A missa de cinzas é para tirar os pecados do carnaval”, dizia a avó Neném, contrita e ameaçadora. E aos meninos da casa aquilo naturalmente parecia estranho. Afinal, que pecados teríamos cometido levados ao corso pelo próprio pai, folião entusiasta?


Depois, já na adolescência, a quarta-feira assumia um tom de tristeza, de perda, de fim de festa embalado pela canção de Luis Bandeira: “É de fazer chorar/quando o dia amanhece/e obriga o frevo acabar/ó quarta-feira ingrata/chega tão depressa/só pra contrariar...”. 

Hoje não é mais assim. A quarta-feira deixou de ser ingrata há muito tempo, aqui, na terra do frevo e praticamente em todos os lugares onde se cultuam os dias de Momo. A missa de cinzas continua, claro, conforme a tradição católica; e suponho que tenha cultos correspondentes nas demais vertentes religiosas. Mas quem disse que a folia acaba? No mínimo vai até o domingo, com o “Bloco do Camburão”, no Recife, na praia de Boa Viagem e com o desfile das escolas de samba vencedoras no Rio de Janeiro, só para citar dois exemplos.

No Recife e em Olinda a algazarra prossegue e a todo vapor. Tem “Os Irresponsáveis”, no bairro de Água Fria, na capital, o “Bacalhau na Vara” e o “Segura a Coisa”, pelas ladeiras de Olinda, e por aí vai.

A modernidade e o ritmo frenético da vida nas cidades se subrepõe à tradição religiosa e a necessidade de prolongar a alegria prevalece. “É o fim do mundo, meu filho”, certamente diria a avó Nenén se viva estivesse. Fim do mundo certamente não é, mas a expressão de novos costumes, sim. 

O mesmo acontecerá logo mais na Semana Santa, outrora consagrada tão somente à reverência diante do sangue do Cristo derramado, mormente na sexta-feira. Basta dar uma olhada nos prospectos das agências de turiusmo para constatar o quanto se prevê de espetáculos musicais que nada têm a ver com os dobrados, marchas e peças típicas da tradição clássica ocifental ligada à liturgia católica. Pelo interior de Pernambuco avultam bandas brega (incluindo repertório irreverente e de duplo sentido), duplas sertanejas, DJs e grupos de rock'n'roll. 

Tudo isso envolve também, ao lado da mudança de comportamento, sobretudo de parcelas expressivas da população mais jovem, a chamada economia da cultura. O calendário assim mesclado de religioso e profano movimenta milhões. Caso de Fazenda Nova, no Agreste Pernambucano, onde se realiza a concorrida Paixão de Cristo, e enseja ao lado rentáveis empreendimentos que vão da hotelaria às casas de espetáculo, gerando lucros e empregos temporários que justificam inclusive o suporte governamental.

Enfim, a quarta-feira de cinzas deixou de ser ingrata e cedeu seu lugar ao domingo... E assim caminha a Humanidade.

Por Luciano Siqueira, para o http://www.vermelho.org.br

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Estatuto da Juventude é aprovado na CCJ do Senado


Aprovado nesta quarta-feira (15) pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, o Estatuto da Juventude garante e protege direitos de jovens de 18 a 21 anos, entre eles a garantia de descontos de ingressos para eventos públicos, inclusive partidas de futebol da Copa do Mundo de 2014 e competições dos Jogos Olímpicos de 2016. A matéria será apreciada ainda pelas comissões de Assuntos Sociais; de Educação, Cultura e Esporte e pela de Direitos Humanos e Legislação Participativa.

O projeto aprovado na CCJ estabelece que a meia-entrada será distribuída da seguinte forma: 40% dos ingressos para eventos financiados exclusivamente com recursos privados e 50% dos ingressos para eventos bancados com verbas públicos – tanto na área esportiva quanto na artística e cultural.


O relator da matéria, Randolfe Rodrigues (PSOL-PA), ao ser questionado sobre a indefinição quanto ao direito de estudantes à meia-entrada durante a Copa do Mundo de 2014, um dos impasses para aprovação na Câmara da Lei Geral da Copa, foi enfático: "O estudante tem direito a meia-entrada em todos os eventos esportivos como foi aprovado aqui na CCJ. Não me interessa o que pensa a FIFA. O Brasil é soberano e aqui é a casa legislativa de um país soberano".

Carteira estudantil

Sob o argumento de evitar fraudes na confecção de carteiras estudantis, Randolfe determinou, em seu relatório, que a identificação estudantil seria expedida exclusivamente pela Associação Nacional de Pós-Graduandos, pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e pela União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES), bem como por entidades estudantis estaduais e municipais a essas entidades filiadas. Estabeleceu ainda que o documento terá selo de segurança personalizado, com padrão único definido pelas entidades estudantis nacionais.


Fonte: Rede Brasil Atual (no portal: www.ujs.org.br)

Casa dos Estudantes no Carnaval de Olinda


Ta chegando a hora! O Carnaval já está batendo na porta e o clima festivo já tomou conta da Região Metropolitana do Recife. Já é possível escutar trombones e trompetes em plena manhã e ver dezenas de pessoas seguindo troças e blocos no meio da semana. É a alegria que contagia todos nós. Momento melhor não há! Todos estão felizes e prontos para rever os amigos, confraternizar e fazer novas amizades. Além de romances e um clima intenso de paquera. É esse o nosso carnaval. O Carnaval de muitos ritmos e onde todos podem brincar democraticamente. É hora da Alegria!!

Nesse momento tão especial, as entidades estudantis, fazem a festa da estudantada de Pernambuco e de todo canto do Brasil que vem conhecer nossa festa máxima. É a Casa dos Estudantes! Um camarote localizado em um dos pontos mais privilegiados do nosso Carnaval. Um espaço para descansar e ver os blocos passarem com muita agitação. Lá dentro tem banheiro, bar e lanchonete. Shows animam a galera durante os intervalos. E ainda saem vários blocos rumo a alegria das ladeiras de Olinda.

Na segunda-feira de carnaval, rola também o bloco dos estudantes, o "Seu CUCA eh Nóís" que reúne toda a galera num bloco que arrasta todo mundo. Compre seu kit e estampe a alegria no seu rosto.

Para entrar na Casa dos Estudantes, é preciso apenas apresentar a carteira de estudante da UNE ou da UBES. Essa festa é patrocinada pelas entidades representativas dos estudantes: UNE (União Nacional dos Estudantes), UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), ANPG (Associação Nacional dos Pós-Graduandos), UEP - Cândido Pinto (União dos Estudantes de Pernambuco), UMES (União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas), além de DA's, DCE's e Grêmios filiados as entidades.

Vista Sua Fantasia e caia na FESTA!

Confira a programação da casa:

Serviço:

Local: Ladeira 15 de novembro (ao lado da Prefeitura de Olinda)
Data: de 18 a 21 de fevereiro (de Sábado a Domingo)
Horário: das 10h as 18h
Entrada: Carteira de Estudante da UNE e UBES

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Pipa, Sopa, Acta e liberdade na rede

Por Venício A. de Lima*, na revista Teoria e Debate:







Os recentes debates em torno de dois projetos de lei que tramitam no Congresso dos Estados Unidos sobre a regulação da internet têm tudo a ver com as esperanças democratizadoras centradas nas novas tecnologias de comunicação.

As siglas Pipa (Project IP Action, ou Preventing Real Online Threats to Economic Creativity and Theft of Intellectual Property Act) e Sopa (Stop Online Piracy Act) identificam iniciativas legislativas que, apesar de se apresentarem apenas como propostas contra “ciber-crimes” e contra a pirataria, na verdade têm implicações importantíssimas no controle de tudo o que possa circular no espaço virtual.

Já existem leis desse tipo na França (Lei Hadopi) e na Espanha (Lei Sinde), e no Brasil, na mesma linha, tramita no Congresso Nacional o chamado Projeto Azeredo (hoje Projeto de Lei nº 84/1999).

O que está em jogo?

Um exemplo simples: antes da internet, na cadeia produtiva de bens culturais como filmes, músicas (CDs), textos (livros), havia a necessidade de um intermediário entre o criador e o consumidor final: surgiram então a indústria do cinema, a indústria fonográfica, as editoras. E, além do processo de produção material, fabril, havia a distribuição física dos produtos. Com a internet, tudo isso se torna, potencialmente, desnecessário. O próprio autor do bem cultural, seja qual for – uma música, uma poesia, um filme, um livro –, pode agora disponibilizar diretamente sua criação para o consumidor final na rede. Em princípio, portanto, o autor passa a controlar, ele mesmo, sua criação, sem precisar de intermediários.

Em outras palavras, a internet acaba com a necessidade da valiosíssima indústria do copyright, isto é, dos direitos autorais. E a indústria, por óbvio, não está gostando do que vê.

Mais abrangente do que o Pipa e o Sopa é o Acta (Anti-Counterfeiting Trade Agreement – Acordo Comercial Anticontrafação), que vem sendo negociado entre os EUA, a União Europeia e outra dezena de países, entre eles Japão e Canadá. Trata-se de criar uma entidade independente das Nações Unidas, da Organização Mundial do Comércio e da Organização Mundial da Propriedade Intelectual para a proteção de marcas, patentes e copyrights.

Enquanto vivemos a transição do antes para o depois da internet, os problemas surgem, entre outras razões, porque criadores que têm contratos com os atuais “intermediários” buscam formas de se libertar do controle que até agora era exercido sobre suas obras e sua carreira. Aí o problema vira conflito de interesses.

Ademais, para manter o domínio sobre a circulação na internet de bens culturais ainda sob o controle dos intermediários, os projetos propostos e as leis já existentes – tanto lá como cá – afetam diretamente a regulação de direitos fundamentais, como o acesso à educação e à cultura e, em particular, a liberdade de expressão na web.

E o Brasil?

No Brasil, o Projeto de Lei nº 2.126/2011, conhecido como Marco Civil da Internet – e não penal –, tenta caminhar no sentido oposto. Resultado de um longo processo de consulta pública iniciado pelo Ministério da Justiça ainda ao tempo do ministro Tarso Genro no governo Lula, constitui uma tentativa de garantir a liberdade de circulação na rede, afirmar direitos, e não transformá-la em “caso de polícia”.

De qualquer maneira, o assunto é muito mais complexo do que a descrição resumida apresentada aqui e não é fácil saber a real natureza desses projetos apenas fazendo um corte vertical e identificando quem os apoia ou não. Tem de tudo.

O importante é que prevaleçam o interesse público e os direitos fundamentais. E isso não é simples nem fácil.

Venício A. de Lima é jornalista, sociólogo, mestre, doutor e pós-doutor pela Universidade de Illinois; pós-doutor pela Universidade de Miami; professor-titular de Ciência Política e Comunicação aposentado da Universidade de Brasília; fundador do Núcleo de Estudos sobre Mídia e Política da UnB. (fonte: http://www.fazendomedia.com)

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

MOB 10 lança aplicativo sobre o Carnaval de Pernambuco

Quer programar seu carnaval para não perder nenhuma atração e ainda mais divulgar seu bloco? Então entre no Android Market e baixe seu aplicativo do "Carnaval de Pernambuco". Com esse aplicativo, você pode pesquisar sobre as principais atrações do Carnaval e montar sua agenda. A pesquisa pode ser feita por data, local ou evento. 


Esse é um aplicativo que necessita de muita interação. Através dos usuários, as programações são atualizadas e todos tem acesso ao local e hora de todos os blocos do nosso carnaval, desde os mais tradicionais até os pequenos blocos de bairros. Não perca tempo, baixe seu aplicativo, monte sua agenda e divulgue seu bloco.

Serviço:

Link para o download: https://market.android.com/details?id=mob10.carnavalpe&feature=search_result#?t=W251bGwsMSwxLDEsIm1vYjEwLmNhcm5hdmFscGUiXQ..

Link do MOB10: http://www.mob10.com.br

Cosban reforça as relações bilaterais entre Brasil e China

A presidente Dilma Rousseff se reúne nesta segunda-feira (13), às 11h, no Palácio do Planalto, com o vice-primeiro ministro da China, Wang Qishan, para a 2ª Reunião da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concentração e Cooperação (Cosban).


De acordo com artigo de autoria do vice-presidente, Michel Temer, publicado no jornal Valor, essa reunião se constitui como um mecanismo formal de alto nível para as relações bilaterais com a China. 

Temer destaca que a Cosban possibilita aos países os canais institucionais necessários ao encaminhamento dos mais variados temas para uma forte parceria estratégica com vista ao desenvolvimento. Além de viabilizar o diálogo político sobre temas como: comércio e investimentos; cooperação em energia, ciência e tecnologia; campo espacial e educação e cultura.

Desde 2006, quando foi realizada a primeira reunião da Cosban, as relações sino-brasileiras apresentaram avanços expressivos. Se em 2006 o comércio bilateral era da ordem de US$ 16 bilhões, em 2011 a cifra chegou a US$ 77,1 bilhões.

O vice-presidente também salientou que China e Brasil revelam capacidade de reação rápida e consistente aos efeitos da crise financeira iniciada em 2008. “Os dois países têm importante papel a desempenhar na retomada da economia global e estão comprometidos a assegurar condições para manter seu crescimento interno de forma estável e robusta. Nossos respectivos programas domésticos de inclusão social foram intensificados, em benefício das camadas menos favorecidas de nossas populações”, enfatiza Michel Temer.

Ele acrescenta que as relações Brasil-China são tão amplas quanto diversificadas. E a realização de mais uma Cosban “permitirá revisitar os diferentes setores que compõem o mosaico dos interesses bilaterais, sempre dentro da perspectiva de longo prazo e do caráter estratégico que norteia nossa parceria”.