O Brasil é o país das Américas que mais cresce. Seu desenvolvimento, estacando pelo neoliberalismo durante 2 décadas, fez com que, após a mudança do poder político para as mãos de forças progressistas, experimentássemos uma experiência única crescimento econômico. Mas, durante essas décadas, imperava aqui a falta de planejamento e a desnacionalização de setores estratégicos. Hoje somos uma grande potência, mas temos grandes entraves. Um deles é a precária e a verdadeira ausência de Mobilidade Urbana.
Av. Agamenon Magalhães, importante via que liga a zona norte a zona sul da Região Metropolitana do Recife |
Existe um consenso hoje em nossa sociedade, "do jeito que está, não dá!". É o que se escuta em todo território nacional. A falta de Mobilidade Urbana afeta a vida de grande parte da nossa população. Temos centros urbanos intransitáveis, com pouco investimento em transporte público (que é precário e caro). O trabalhador perde em média 3 horas ou mais (diariamente) para se deslocar de casa para o trabalho e do trabalho para casa. Tornando sua jornada de trabalho mais longa e cansativa e afetando diretamente sua produtividade.
É obvio que não estamos tratando de um assunto simples. Para dar solução ao problema da mobilidade urbana, é necessário muito debate entre a sociedade e a intervenção concreta do poder público. Para solucionar um problema dessa magnitude, é necessário muito mais do que dinheiro. É preciso muita vontade política dos nossos governantes, que necessitam olhar para o problema com visão estratégica e continua que pense não apenas nas partes, mas em todo o sistema.
Avenida Norte parada durante a noite |
Além disso, nosso transporte público precisa ter velocidade e faixas exclusivas. Devemos implementar um novo sistema de bilhetagem que não atrase as viagens. Hoje, os ônibus param vários minutos, apenas para que os passageiros passem a catraca. Para consolidar todas essas iniciativas, o governo precisa investir no transporte público. Esse investimento pode ser através de subsídios e de concorrência estatal. As empresas privadas precisam passar por licitações e cumprir regras claras e objetivas.
Em paralelo a isso, precisamos de iniciativas que desestimulem o uso do carro. Com a construção de ciclovias e serviços de aluguel de bicicletas (como o exemplo do BikeRio, no Rio de Janeiro). Estacionamentos em nas estações de metrô, nos terminais de integração e nas "alimentadoras". Valorização das calçadas nas grandes vias, como a Agamenon Magalhães, Conde da Boa Vista, Avenida Norte, etc. Descentralização comercial, com a construção de novas áreas com shoppings, super mercados, centros comerciais e órgãos públicos.
Nem os viadutos escapam dos engarrafamentos |
Para tudo isso se concretizar, será necessário muito investimento público. Transportes de qualidade, com baixo custo e com controle só será realidade após uma mudança no financiamento do setor. Hoje em dia, o governo federal subsidia 80% do metrô, que é muito eficiente e tem as menores tarifas. Tomemos esse como um exemplo a ser seguido.
Esse assunto é complexo e demanda muito debate, arregacemos as mangas e vamos a luta! Temos o direito de nos expressar e também de nos locomovermos!
Firme na luta!
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