As duas principais entidades do movimento estudantil brasileiro decidiram, no começo desta semana, declarar apoio a Dilma Rousseff no segundo turno da eleição presidencial.
Tanto a UNE (União Nacional de Estudantes) quanto a Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) entendem que a missão maior do movimento é impedir a volta da “direita privatista” ao poder.
“A diretoria plena da UNE, em reunião histórica, acaba de decidir indicar o voto para Dilma Rousseff Presidente da Republica”, escreveu no Twitter o presidente da UNE, Augusto Chagas. O debate, segundo ele, reuniu mais de 200 lideranças do movimento estudantil. “A UNE não se pauta nos interesses de nenhum partido, governo ou pessoa. Nosso compromisso é com a historia d Brasil. Isto está em jogo no 2º turno”, agregou Chagas.
Já a Ubes, em nota, declarou que “mais uma vez colocará os caras-pintadas nas ruas para impedir a volta da direita ao poder”. De acordo com a entidade, “somente a candidatura de Dilma Rousseff reúne as condições para avançar ainda mais na construção de um País, justo, democrático e soberano, onde os movimentos sociais possam apresentar suas demandas e disputar os rumos desse novo Brasil que está nascendo”.
Manifesto de filósofos
Um grupo de professores e pesquisadores de Filosofia, de várias universidades do Brasil, lançou manifesto em apoio à candidatura de Dilma Rousseff para Presidência da República. "Cremos que sua chegada à Presidência representará a continuidade, aprofundamento e aperfeiçoamento do combate à pobreza e à desigualdade que marcou os últimos oito anos", diz o texto. Os profissionais da área também manifestam preocupação com o discurso religioso que dominou a campanha.
Para eles, “Dilma Rousseff tem sido alvo de campanha difamatória baseada em ilações sobre suas convicções espirituais e na deliberada distorção das posições do atual governo sobre o aborto e a liberdade de manifestação religiosa.” E manifestam confiança de que “um eventual governo Dilma Rousseff preservará o caráter laico do Estado brasileiro e conduzirá adequadamente a discussão de temas que, embora sensíveis a religiosidades particulares, são de notório interesse público.”
E recomendando o voto na candidata petista, o documento afirma que “Dilma Rousseff, se eleita, saberá proteger as liberdades públicas.” E enumera como liberdades pública o Estado laico e o respeito à diversidade de orientações espirituais, contra a instrumentalização política do discurso religioso.
Ao mesmo tempo, os profissionais de Filosofia denunciam que “há razões para duvidar que um eventual governo José Serra ofereça os mesmos prospectos”, lembrando “o desprezo com que os programas sociais do atual governo - em particular o Bolsa Família - foram inicialmente recebidos pelos atores da coligação que sustenta o candidato. Frente ao sucesso de tais programas, José Serra vem agora verbalizar sua adesão a eles, quando não arroga para si sua primeira concepção.”
E dizem ainda que as promessas feitas por Serra estão “em franco contraste com sua gestão como governador de São Paulo - sem esclarecer como concretizá-las. O caráter errático de sua campanha justifica ceticismo quanto à consistência de seus compromissos. Seu discurso pautado por conveniências eleitorais indica aversão à responsabilidade que se espera de nossos representantes. Ironicamente, os intelectuais associados ao seu projeto político costumam tachar o governo Lula e a candidatura Dilma de populistas.”
Serviço:
Professores (as) e pesquisadores (as) de Filosofia interessados em assinar o manifesto, devem enviar email com nome completo, vínculo institucional e demais informações que acharem relevantes para o endereço: manifestoprodilma@gmail.com Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.
Devido a vários pedidos de pessoas sem vínculo institucional na área da filosofia, a equipe que elaborou o manifesto decidiu criar uma petição "universal", com o objetivo de permitir que qualquer indivíduo apoie o manifesto original.
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Devido a vários pedidos de pessoas sem vínculo institucional na área da filosofia, a equipe que elaborou o manifesto decidiu criar uma petição "universal", com o objetivo de permitir que qualquer indivíduo apoie o manifesto original.
Leia o manifesto na íntegra em:
Fonte: Portal Vermelho
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