domingo, 11 de setembro de 2011

Onde você estava em 11 de setembro de 2001?

Passados exatos 10 anos do maior atentado terrorista que o mundo inteiro assistiu em tempo real. Venho ao meu blog para postar um relato sobre o dia que iniciou oficialmente o século XXI.

Era uma terça-feira daquelas iguais a todas as outras. Um belo dia de sol, trânsito lento e muito pouca vontade de ir para o colégio. Acordei, como sempre, querendo chegar atrasado 15 minutos para só assistir a segunda aula. Eu estava no ensino médio, no primeiro ano. Adolescência pulsando nas veias e uma vontade imensa de participar das transformações do mundo. Mal sabia eu que, naquele dia, preguiçoso como começou, mudaria a história do mundo ocidental.

Como de costume, peguei o "Bultrins", na parada as 6:45h. Nesse horário chegaria atrasado de certeza! A primeira meta do dia seria cumprida. Com o atraso, não pude entrar no Colégio Nóbrega, onde estudava desde a 4ª série. Fiquei do lado de fora com mais uns 4 ou 5 amigos, conversando besteira na vendinha do lado, com "Seu Biu" (antigo comerciante que é meu amigo até os dias de hoje).

As 8h em ponto, o portão foi liberado para os atrasado adentrarem o Colégio. Entrei e me dirigi diretamente para a aula. Se não me engano, era aula de Geografia e estudávamos Geo-política. A minha sala ficava ao lado da "Sala de Vídeo", onde costumeiramente os serventes ficavam descansando após fazer uma "geral" nos corredores. A aula estava entediante e sono não me largava um segundo sequer. O silêncio era quase que absoluto, não porque estávamos concentrados no exercício, mas porque boa parte dos alunos tirava um cochilo. De uma hora para a outra, o silêncio foi quebrado. A porta foi aberta abruptamente por um dos servente (que infelizmente não lembro o nome):

- Matheus!!! Venha ver o que aconteceu! Um avião bateu no maior prédio dos Americanos. (AHH??)

Pedi permissão a professora para ver que danado aquele homem me falava com aquele semblante de medo e horror. Saí da sala e cheguei na hora exata, ao vivo, que o segundo avião atingia a torre sul. Não acreditei, pensei que se tratasse de um "Replay". Mas como? Não existiam imagens do primeiro impacto (ainda). Foi quando me dei conta da proporção do que via. O coração financeiro dos Estados Unidos da América.

A essa altura a sala de vídeo já se encontrava super lotada. Gente de todas as séries assistiam as cenas e recebiam telefonemas dos pais. Foi ai que tive a ideia, junto com outros amigos de turma, de solicitar que fossemos liberados. Os pais estavam em pânico, as crianças e os adolescentes agitados e não teria condições de continuar com as aulas. Resultado, fomos liberados. Nós e boa parte das escolas do centro do recife.

O acontecido ainda criava muita confusão nas nossas cabeças. Pessoas comentavam sobre a inevitabilidade da terceira guerra mundial, da tão temida guerra nuclear. Não sabíamos naquele momento, mas estávamos vivendo a abertura oficial do terceiro milênio, no século XXI. De fato o mundo mudou bastante daquele fatídico dia pra cá. As comunicação sofreram uma verdadeira revolução, os sistemas de segurança foram revistos e o medo estava estampado na cara de muitas pessoas. O mundo assistiu, depois disso, a duas guerras sangrentas e sem sentido. O mundo não estava preparado para ver aquelas cenas, e nunca estaria.


Voltei para a minha casa, no mesmo Bultrins, e passei o restante do dia em frente a televisão para tentar compreender o que aqueles fatos significavam. Na verdade, ninguém sabia de fato as proporções que aquele incidente acarretaria para o restante do mundo. Fomos jogados ao século XXI. E tomara que a humanidade sobreviva a ele.

O mundo precisa de mais tolerância e menos guerra! Por isso luto pelo estabelecimento de uma nova ordem mundial, onde as guerras e os conflitos não sejam o principio básico dos países. Um mundo sem opressões e sem fome, um mundo socialista!
  
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3 comentários:

  1. Neste mesmo dia estava eu na minha sala de aula assistindo a aula de português quando outra professora adentra a sala e fala para a minha discretamente o ocorrido e pede para que ela nos libere... ela realmente fez isso mas em prantos e dizendo: vão pra casa que a 3° guerra esta começando... Bem pedagógica ela não... ¬¬

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  2. Bote pedagógica nisso! Acho interessante como os professores tem o poder de acalmar as crianças! hehehehe ;p

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