No auditório 31 da UERJ, aconteceu o debate sobre a juventude e o mundo do trabalho, com a presença de Paulo Vínícius, secretário de juventude da CTB e Luísa Barbosa, doutoranda em sociologia do trabalho.
Sob a coordenação de Oswaldo Lemos, o debate foi iniciado. Luísa Barbosa fez um apanhado histórico sobre o desenvolvimento dos direitos sociais no Brasil e sua relação com o conceito de juventude. Ressaltou a importância da entrada tardia dos jovens no mercado de trabalho, para fortalecer a produção de conhecimento e qualificação profissional.
Paulo Vinícius começou sua intervenção falando sobre as dificuldades enfrentadas pela classe trabalhadora nas décadas de 80 e 90. Ressaltou o ataque neoliberal as instituições do estado e a grande desvalorização do trabalho. Comentou sobre a retomada da valorização profissional após a eleição de Lula (2003-2010), com programas de ampliação das Universidades Federais, retomada do investimento em educação técnica, valorização do setor público, grandes obras estruturantes, etc, e finalizou dizendo que através do trabalho e da luta dos trabalhadores, será possível alcançar o socialismo.
Após as intervenções da mesa foi aberto o debate, para contribuições a tese da UJS e a sistematização de bandeiras de luta. André Tokarski sugeriu que a UJS empunhe a bandeira da redução da jornada de trabalho, para garantir a juventude o direito de estudar, trabalhar e ter acesso a cultura, ao esporte e lazer. Várias contribuições foram dadas pelo plenário reforçando o papel do trabalho para transformar a sociedade. Quem também contribuiu com o debate foi o representante da juventude comunista cubana, Hanoi Sánchez, que falou sobre a juvnetude cubana e a valorização do trabalho vivida após a revolução socialista. Reforçou o papel protagonista da juventude nas transformações sociais no Brasil e na América Latina.
Outro tema debatido com muita força foi o estágio. No ponto de vista dos delegados, existe uma grande confusão relacionada a verdadeira função do estagio. No Brasil, os estagiários não são concebidos como aprendizes e sim como profissionais. Estagiários dão aula, operam maquinários e desenvolve o trabalho como se vinculo empregatício tivessem.
Após 3 horas de intenso debate, Luisa Barbosa e Paulo Vinicius, fizeram suas considerações finais reforçando a importância da inserção dos jovens na luta em defesa dos trabalhadores. Fortalecer a frente de jovens trabalhadores da UJS é pensar em perspectiva a luta pelo socisalisma, e a UJS precisa organizar os jovens que estão inseridos no mercado de trabalho.
Por Matheus Lins
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