Qual o papel da entidade durante as eleições? No que a UJS pode ajudar para que a campanha eleitoral nos municípios tenha o peso da juventude? Essas e outras perguntas foram o enfoque de mais um grupo de discussão do 16º Congresso Nacional da UJS.
Danilo Moreira dá sua contribuição ao debate |
Em ano de eleição, com destaque para o embate pelas prefeituras e câmaras municipais em outubro próximo, é de extrema importância para a UJS discutir qual será a participação da entidade nas campanhas eleitorais de 2012.Nesse sentido, a entidade organizou esta sexta-feira (08) um grupo de discussão específico para o tema.
Não é por acaso. Dos 135,8 milhões de eleitores brasileiros, 40,474 milhões são eleitores jovens. Isso quer dizer que mais de 25% do eleitorado tem entre 15 e 29 anos de idade. A juventude é a parcela da população que, definitivamente, pode influenciar os eleitores e fazer diferença no novo Brasil.
Esse dado, inclusive, corresponde a uma grande inovação na plataforma de ação da entidade. Com mais de 100 mil filiados, foi consenso na mesa a premissa de que não basta apenas apontar problemas, é preciso que a juventude formule, proponha e execute políticas públicas em todos os âmbitos da sociedade.
YannEvanovick, ex-presidente da UBES, Ticiane Alvarez, presidente da UJS no Rio Grande do Sul e Marcelo Gavião, ex-presidente da UBES e da UJS, conduziram o debate em questão e fazem parte da atual história da entidade. Todos são candidatos a vereadores. Além deles, Danilo Moreira, ex-secretário executivo
da Secretaria Nacional de Juventude, ex-presidente do Conselho Nacional de
Juventude e atual coordenador da Campanha de Manuela D`àvila para a prefeitura de Porto Alegre, esteve presente para promover uma reflexão pontual sobre o tema em questão.
Diagnóstico apresentado
Danilo Moreira apontou uma questão importante para as eleições municipais deste ano: é impossível ter uma receita de programa que tenha validade para toda e qualquer cidade. “Temos que compreender o município que vivemos, o município que iremos atuar. As alternativas para o Brasil crescer nasce de pequenas comunidades, de pequenos bairros. E eles não compõem uma mesma fórmula. Vocês jovens, devem estudar o município que irão votar”, analisou.
Yann foi mais além. Para ele, a UJS deve se organizar em toda sociedade e descobrir quais são os melhores instrumentos para levar as candidaturas às vitórias. “Precisamos organizar os dirigentes da UJS. Quantas lideranças juvenis vamos conseguir juntar para viabilizar as eleições. Nos aprimoramos e sabemos ganhar congressos importantes do movimento estudantil. Agora, as eleições são alvo extremamente novo para a UJS e temos que nos desafiar a não só ser os candidatos de voto difuso, mas ser a organização que tem voto amarrado.
Foto dos pré-candidatos da UJS para as eleições de 2012 |
Voto difuso e voto amarrado são termos usados nas campanhas eleitorais para diferenciar quais zonas são de interesse coletivo e quais são de interesse individual. O voto difuso é o voto que vem da porta da escola, das redes sociais, das reuniões de massa. O voto amarrado é o voto de meta. “É um determinado conjunto, como grêmios e Centros Acadêmicos, que revela a quantidade de votos conseguidos”, explicou ainda Yann.
Titi, como é conhecida a candidata a vereadora por Porto Alegre, Ticiane Alvarez, explicou que Manuela D`ávila foi eleita em 2004 vereadora com apenas cinco jovens ajudando a campanha política. Depois, em 2006, para deputada federal, já tinha um contingente maior e conseguiu ser eleita com 282 mil votos.
“O que mudou de lá pra cá? Além de ser a deputada federal mais votada e a mulher mais votada em 2010, focamos na juventude e aprovamos inúmeras melhorias, como a Lei do Estágio.O que é importante, hoje, é focar quais são as políticas que podemos pautar através de um olhar filho do século 21, que entende e sabe da necessidade de ter internet, de ter um sistema de saúde. Qual a contribuição que essa geração de jovens vai dar? Quais as políticas que devemos construir de acordo com a realidade de hoje? Devemos pensar e agir”, afirmou.
Por fim, Gavião, que foi presidente da UJS por duas gestões, pontuou que a entidade, hoje, precisa debater formas alternativas de criar sistemas eleitorais justos. “A nossa disputa é desigual mas ninguém tem a militância que nos temos. A nossa turma aprendeu a fazer campanha superando dificuldades. A cada ano ganhamos as batalhas dos congressos, mas não é fácil, nós temos que batalhar. O nosso projeto é coletivo, porque aqui só é vitorioso quem é coletivo, são candidaturas da UJS, não são candidaturas do Gavião, ou Tite ou Yann. Não temos os recursos que muito partido tem, mas temos coração e força de vontade”, ressaltou.
Fonte: www.ujs.org.br
debater os rumos do nosso país significa participar ativamente do processo eleitoral por todo o país que esse ano renova as prefeituras e câmara de vereadores e em Olinda fica um abraço especial para o camarada Matheus Lins que disputara as eleições municipais rumo a câmara de vereadores.
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