terça-feira, 26 de junho de 2012

O Movimento Estudantil não é mais o mesmo...

Passeata dos 100 mil (Rio de Janeiro, 1968)
Os conservadores e esquerdistas estavam certos. O movimento estudantil brasileiro NÃO É MAIS O MESMO!!! Nada de cenas heroicas em defesa da pátria livre, pelas liberdades democráticas ou contra governos autoritários. Nada de clandestinidade ou cativeiro, nada de armas ou revolução. O movimento estudantil não é mais o mesmo.

Seria muito fácil escutar tudo isso e apenas absorver esse discurso. Mais fácil ainda seria sentar no sofá e debater a sociedade de maneira utópica, sem método científico ou filosófico. Sem compreender a realidade concreta que nos cerca. Se é esse o verdadeiro sentido do movimento estudantil, então, o movimento estudantil não é mais o mesmo.

E não é mais o mesmo, porque as condições concretas mudaram. Nunca seremos, de novo, iguais a como eramos na década de 60. O movimento estudantil brasileiro soube superar as dificuldade e se adaptar a cada época. Hoje nossa luta é pelo aprofundamento das mudanças. Vivemos num governo democrático, eleito pela vontade popular, que prioriza as questões sociais. Não mais ditaduras sanguinárias e porões. Chegou a nossa hora e nossa vez. Soubemos aproveitar as oportunidades que a história nos dá.

Marcha dos Estudantes (Brasília, 2012)
Exemplo claro disso, aconteceu hoje. Em marcha pelas ruas de Brasilia, o movimento estudantil, liderado por suas entidades máximas: UNE, UBES, ANPG e DCE's, conseguiu uma expressiva vitória! Após 2 anos de muitos debates e divergências, foi aprovado na Câmara dos Deputados o Plano Nacional de Educação (PNE) destinando 10% do PIB para a educação pública brasileira. Vitória com a marca da combatividade dos estudantes brasileiros que sempre defenderam uma educação pública, gratuita e de qualidade.

Esse mesmo movimento estudantil, que em 2005, defendeu a apuração dos fatos e punição dos culpados no caso "Mensalão", com a manutenção do presidente Lula na presidência, contra o golpe da mídia e dos conservadores. O mesmo movimento estudantil que resistiu a época das privatização de FHC, que derrubou o presidente neoliberal e corrupto, Fernando Collor de Melo. De fato, o Movimento Estudantil não é mais o mesmo.

Aprovação dos 10% do PIB na Câmara dos Deputados
Soubemos superar as dificuldades da nossa história e chegamos até aqui. Mas queremos mais. Queremos conquistar uma pátria justa, democrática, soberana, independente, desenvolvida e socialista. Sem mais misérias e desigualdades. Queremos viver num país sem opressão. Um país com a cara do nosso povo. Alegre e feliz. Somos do Movimento Estudantil e vamos mudar o Brasil.


Por Matheus Lins

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